O preço do Bitcoin voltou a se aproximar da marca de U$ 12 mil por unidade, com um movimento impressionante no fim de semana. Dessa forma, o Bitcoin já mira a alta histórica no Brasil, após dobrar de preço no ano de 2020 em relação ao real.
O Bitcoin de fato é uma moeda com valor determinado pelo mercado pela lei da oferta e procura. Desse modo, é complicado fazer uma previsão exata para o preço do Bitcoin. Mesmo assim, alguns analistas afirmam que 2020 é um bom ano para essa moeda digital, principalmente após o halving.
Passado o estágio inicial da pandemia, muitos buscam no Bitcoin um refúgio para seu capital. Isso porque, como a moeda não tem relação com governos e países, é um ativo considerado alternativo, semelhante ao ouro, cumprindo a função de reserva de valor.
Após Bitcoin dobrar de preço em 2020, já mira alta histórica no Brasil
Em 2020, o comportamento do Bitcoin oscilou entre bons e maus momentos, também afetado pelos desdobramentos da pandemia. Quando os investidores da moeda digital acreditaram estar em risco, em março, o momento foi de vendas no mercado, que causou uma intensa desvalorização da moeda digital.
Passado março, em abril o Bitcoin voltou a registrar altas seguidas, seguindo o movimento até agosto. Cabe o destaque que a alta de preços do Bitcoin no Brasil também é influenciada pela alta do dólar, ou seja, quanto mais o preço da moeda norte-americana sobe em relação ao real, mais o BTC valoriza.
Dessa forma, de acordo com um gráfico do Bitcoin no TradingView, o preço da moeda digital no Brasil já supera de longe a cotação de 2018, 2019 e até 2020. O preço do Bitcoin em relação ao real hoje segue oscilando próximo da marca de R$ 65 mil. Cabe o destaque que a alta histórica foi em R$ 69 mil, ou seja, faltariam 6% para o Bitcoin igualar sua melhor marca no Brasil.
Além disso, para quem acreditou no Bitcoin desde o primeiro dia do ano, o retrospecto tem sido positivo. Com uma valorização em torno de 120% apenas em 2020 (YTD), o Bitcoin mais que dobrou de preço em relação ao real, pois iniciou o ano cotado em R$ 29 mil.
Ano das moedas fiduciárias fracas tem ajudado Bitcoin a crescer
Apesar do dólar alto no Brasil, no restante do mundo a moeda norte-americana não tem estado em alta. Nos próximos meses ocorre eleições presidenciais nos EUA, o que afasta investidores daquela divisa, uma vez que há risco no resultado das urnas.
Outro ponto a ser observado é que o real sofre, mesmo em relação ao dólar fraco, deixando aberta possibilidade para investimentos em ativos alternativos. País vizinho ao Brasil, a situação na Argentina é a mesma, com uma moeda fraca, em crescente perda de valor.
De acordo com um economista brasileiro, o ano ruim das moedas fiduciárias é bom para o Bitcoin. Dessa forma, na Argentina, o Bitcoin já ultrapassou a maior cotação da história, nos últimos dias.
No Brasil, os investidores dessa moeda seguem de olho no preço do Bitcoin, que, mantendo um dólar alto “ceteris paribus“, poderia renovar sua alta histórica. O momento, contudo, também exige cautela, visto que o comportamento passado não reflete necessariamente o futuro, ou seja, é importante fazer o gerenciamento de risco.