Mais uma faculdade brasileira se une ao combate à COVID-19 no país. A Unisinos, faculdade da região metropolitana de Porto Alegre criará um prontuário eletrônico com blockchain para ajudar nessa missão.
Desde 2020, com acirramento dos contágios pelo novo coronavírus, o mundo vive um momento delicado. Com um das maiores crises sanitárias da história, a tecnologia ajuda a minimizar os efeitos da pandemia.
De fato, uma das tecnologias promissoras para isso é a blockchain, criada como base das criptomoedas como o Bitcoin, por exemplo. Ao registrar dados de maneira inovadora, a blockchain tem sido usada em vários experimentos pelo mundo.
Aliando a educação com saúde, algumas faculdades brasileiras já iniciaram as pesquisas com a tecnologia. A USP foi uma das primeiras do Brasil a olhar para a blockchain com carinho.
Em agosto de 2020, a USP e a Html se uniram em uma solução para detecção de Covid-19. Além disso, a faculdade apresentou sua solução em um evento blockchain internacional, o Blockchain Central UNGA.
Esses não foram os únicos experimentos já realizados até então. Alguns estudantes da UFSC criaram uma plataforma blockchain para auxiliar aqueles profissionais que atuam na linha de frente no combate ao vírus.
Unisinos criará uma plataforma de prontuário eletrônico com uso da tecnologia blockchain
A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), é mais uma a se unir no combate ao novo coronavírus. Sua inovação foi destaque pelo Ministério da Educação no Brasil, que apresentou a novidade.
De acordo com o MEC, a Unisinos está criando uma plataforma que dará mais integração a rede hospitalar. Dessa forma, os hospitais gaúchos seriam integrados e teriam os dados disponíveis de maneira mais rápida e ágil.
Em nota, o coordenador do programa, professor Cristiano André da Costa, destacou a iniciativa como altamente promissora no combate à COVID-19.
“Cada hospital é uma ilha. Tem seu sistema próprio de geração e armazenamento de dados, que é, normalmente, incompatível com sistema de outros hospitais. Com a padronização dos dados, será possível criarmos o que estamos chamando de Prontuário Eletrônico Pessoal, e ativarmos um sistema interligado e contínuo de troca de informações”, afirmou Cristiano.
A plataforma tem sido produzida pelo Laboratório de Inovação do Software da Unisinos. Esse inovador projeto de telemedicina utilizará então a tecnologia blockchain, para garantir a confiabilidade dos dados registrados.
Com redução de custos e diagnósticos mais rápidos, combate ao novo coronavírus ficará melhor
Segundo o coordenador do projeto, a redução de custos e diagnósticos mais efetivos são alguns dos principais pontos do projeto. Além disso, a ferramenta facilita o trabalho contra outras doenças, não apenas o novo coronavírus.
“A integração dos dados de saúde do paciente permite reduzir custos, tornar o diagnóstico mais efetivo e gerar indicadores de qualidade. Portanto, aplicamos conceitos que já vinham sendo trabalhados na saúde, como aprendizado de máquina, internet das coisas e blockchain, para a COVID-19”, destacou o coordenador e professor de computação da Unisinos
A iniciativa é muito importante no Brasil, país que registra a segunda maior taxa de mortos pela doença no mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, já são mais de 197 mil mortos no Brasil.
Com a tecnologia blockchain, entre outras, espera-se que a doença seja melhor controlada e compreendida pelos profissionais de saúde brasileiros.