O presidente da Microsoft, Brad Smith, revelou recentemente que não é muito fã das moedas digitais que não são emitidas e controladas pelo governo. Na opinião do executivo de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, apenas os governos e bancos centrais devem lidar com questões monetárias.
A afirmação foi feita em uma conferência organizada pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, sigla em inglês), e ele questionou a necessidade de empresas emitirem moedas digitais.
“O suprimento de dinheiro deve ser administrado por uma organização que presta contas à sociedade e se preocupa apenas com o interesse público, ou seja, o governo”, disse ele nesta na quarta-feira (25) na conferencia do BIS.
Smith questionou se as fintechs deveriam poder emitir moedas, afirmando que “os governos continuam na melhor posição para desempenhar esse papel.”
O presidente da Microsoft, portanto, não gosta da ideia de moedas que não sejam controladas pelo governo.
Criptomoedas
Apesar de não citar diretamente nenhuma criptomoeda, sua afirmação sugere que ele não apoia ativos como o Bitcoin, que é descentralizado e, portanto, não controlado por governos ou bancos centrais.
A atual crise mundial acelerou a transição para pagamentos digitais, e a injeção maciça de dinheiro no sistema financeiro para proteger a economia alimentou o interesse em moedas digitas. Nesse caso, a Microsoft é parceira e fornecedora de tecnologia para governos do mundo todo.
Assim, na visão do executivo, não faz sentido a Microsoft apoiar moedas que não sejam controladas pelo governo ou até mesmo criar sua própria moeda, como o Facebook vem fazendo.
“Não somos um banco e não queremos nos tornar um banco e não queremos competir com nossos clientes que são bancos.”
O Facebook já havia anunciado sua intenção de criar sua própria moeda, a Diem, que se encaixa perfeitamente na crítica do presidente da Microsoft, já que, tecnicamente ela será controlada pelo Facebook e seus parceiros.
As moedas digitais estão ganhando cada vez mais popularidade, e sendo criadas tanto por empresas como por pessoas comuns.
Smith acredita que, neste cenário, todos os estados correm um risco significativo de perder o controle do dinheiro.
https://youtu.be/YOavdPKRf10