Bitcoin é uma moeda digital que funciona pela internet, em qualquer lugar do mundo. Em busca de facilitar um acordo trabalhista no Brasil, a moeda foi escolhida como forma de pagamento.
Com funcionamento desde 2009, o Bitcoin se tornou um importante meio de pagamentos global. Sua função para pessoas que necessitam fazer remessa certamente é uma das principais característica. Com a confirmação em minutos de uma transação internacional, que custa menos que bancos, a moeda digital tem se tornado popular.
Vale destacar que existem mais de cinco mil criptomoedas hoje, mas o Bitcoin é a mais segura. Com uma rede descentralizada, não precisa de intermediários centralizados para conduzir suas operações. As informações são do Tribunal Regional do Trabalho da 18.ª Região (TRT18 – Goiás).
Bitcoin foi a moeda utilizada para pagamento de um acordo trabalhista de R$ 350 mil em Goiás
Com a popularidade do Bitcoin nos últimos anos, várias pessoas conheceram a moeda observando apenas seu preço. Como o preço do Bitcoin valorizou muito, a tecnologia foi associada a um mercado de ações.
Contudo, criado para operar um meio de pagamentos, o Bitcoin é o primeiro dinheiro digital. Ao funcionar pela internet, permite que pessoas enviem qualquer quantia pela rede. Caso uma pessoa queira liquidar essa moeda, a liquidez hoje é praticamente instantânea, na maior parte dos países.
E esse foi o caso de um acordo trabalhista que envolveu o Bitcoin como moeda nos últimos dias. De acordo com informações do TRT18, de Goiás, um trabalhador de uma empresa de mineração tinha R$ 350 mil para receber.
O acordo entre as partes, que foi conduzido pela Vara do Trabalho de Uruaçu, utilizou diversos recursos tecnológicos. Isso porque, o representante da empresa reside em Dubai, nos Emirados Árabes. Com reunião telepresencial, ele participou da reunião do acordo pela plataforma Google Meet.
Com a audiência telepresencial, foi fechado o acordo entre a empresa e o funcionário, no valor de R$ 350 mil. Para enviar a quantia de Dubai para o Brasil, ficou acordado entra as partes o uso do Bitcoin.
Servidora do Tribunal foi quem sugeriu uso do Bitcoin no acordo
Um dos pontos que mais chamou atenção no acordo, de fato foi que o Bitcoin ganhou um destaque importante. O Banco Central do Brasil ainda não regulamentou o Bitcoin no Brasil, contudo, essa tecnologia já é reconhecida pela Receita Federal como bens e direitos.
Dessa forma, a servidora da unidade do tribunal que sugeriu para as partes do acordo o uso da moeda digital. Nayara Souza entrou em contato com as partes usando o WhatsApp Business e sugeriu a inclusão da pauta. A audiência, que aconteceu na última terça-feira (25), deixou definido então o uso do Bitcoin como moeda no acordo trabalhista.
O juiz do trabalho que cuidou do caso também elogiou a atuação dos advogados no caso. De acordo com o juiz Carlos Gratão, as partes foram compreensivas para viabilizar o acordo.
“Os advogados atuaram como verdadeiros parceiros na condução do acordo e na elaboração das cláusulas que trataram do pagamento por meio de Bitcoins”, afirmou o juiz
Por fim, a empresa fará a remessa de Bitcoin de Dubai para o Brasil em breve. Ao chegar no país, a quantia será convertida para Real e transferida para o trabalhador. Considerando o preço do Bitcoin hoje, a quantia de R$ 350 mil daria 5,5 BTCs.