O Bitcoin é uma moeda digital que tem se destacado em valorização na década, sendo considerado o melhor investimento pela CNN. O ano de 2020, que marca os onze primeiros anos da moeda, começou em alta, com três motivos principais sendo considerados no preço do Bitcoin.
O preço do Bitcoin em Dólar ultrapassou a marca de U$ 8,700 por unidade, valendo mais que 36 mil reais. O Bitcoin está subindo desde o dia 1, quando fechou cotado em U$ 7,200.
Certamente você poderia pensar que um dos motivos envolve uma maior demanda pela moeda. Neste caso, a explicação seria que a moeda é negociada em corretoras, com livros de ofertas para compra e venda. Ou seja, pode haver uma demanda crescente nos últimos dias, mostrando pressão compradora no mercado.
De fato, este é um dos três motivos principais para a alta do Bitcoin, que vê seu volume de negociações escalar no início de 2020. A marca atingiu U$ 158 bilhões negociados em 24 horas, marca que havia sido vista apenas em novembro de 2019. Com a alta do Bitcoin, o criptomercado superou R$ 1 trilhão de valor.
A alta do Bitcoin (BTC) escalou também o preço das altcoins, como o Bitcoin SV, criado por Craig Wright. A valorização do Bitcoin SV foi tão forte que ultrapassou em valor de mercado o Bitcoin Cash (BCH), moeda que originou o BSV. No geral o mercado de criptomoedas deu uma agitada no início de ano, com movimentações principalmente no campo das altcoins, que ganharam espaço. A dominância do Bitcoin caiu cerca de 2% nos últimos dias, mesmo com a valorização.
Você deve certamente estar pensando se possui algo relacionado com regulamentação, mas não, um dos outros dois motivos é a inauguração da CME. Isso porque, na última segunda (13), a Bolsa de Valores de Chicago começou a negociar opções de Bitcoin. Dessa forma, os traders dos EUA passam a se expor nesse mercado de futuros.
A CME informa em sua página que essa é uma ferramenta que pode ajudar os traders a fazer hedge dos preços. A explicação é que o Bitcoin é uma moeda considerada volátil, que ainda afasta grandes negociadores. Contudo, uma ferramenta criada por uma grande instituição poderia trazer estes, que podem comprar a moeda e, ao mesmo tempo, futuros, para se proteger das grandes oscilações.
De acordo com Frank Chaparro, jornalista do The Block, a CME teve uma estreia de gala na última segunda. A operação da CME iniciou com o dobro de volume do que a Bakkt, que foi criada pela rival International Exchange (ICE) em 2019. Em resumo, as operações da CME podem ser um dos principais motivos da nova alta do Bitcoin.
O último motivo que poderia demonstrar que a alta do Bitcoin seguiu fundamentos seria o recorde constante da taxa de hashs da rede. De acordo com dados da CoinMetrics, a dificuldade de se encontrar novos bitcoins passou por um reajuste de 7%.
Esse reajuste, que era esperado acontecer em até 8% pelos especialistas da LongHash, é bem visto no mercado. O motivo é que essa taxa significa a proteção da rede, ou seja, quanto maior, melhor. A taxa de hash já subiu mais que 160% no último ano, mesmo quando o Bitcoin se desvalorizou no segundo semestre de 2019.
Isso mostra que certamente tem havido investimentos de longo prazo na rede, principalmente com a segurança desta. Esta tendência pode permanecer até o halving de maio, quando a recompensa por bloco cairá pela metade.
Neste ponto, poderá haver uma diminuição da taxa de hashs, uma vez que a disputa por bloco ficará mais difícil e poderá ser inviável para alguns manterem suas máquinas ligadas. A mineração de Bitcoin é a atividade responsável por encontrar novas moedas e fazer a segurança contra invasores. Considerando que esta está em seu auge histórico, o significado disso é que a rede Bitcoin está muito bem segura.
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