A chamada “bancada do bitcoin” no Congresso Nacional do Brasil perdeu força nas eleições de 2022, com alguns candidatos não conseguindo que eleger e um projeto de lei que está em vias de ser aprovado no país.
Em 2021, pelo menos oito políticos do Brasil apoiavam publicamente o bitcoin como uma tecnologia importante para inovação do país.
Vários deles revelaram suas posições publicamente, principalmente quando El Salvador aprovou o uso de curso legal do bitcoin, em setembro daquele ano.
Dentre os apoiadores, alguns deles concorreram nas eleições 2022 para cargos na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Da “bancada do bitcoin”, quem foi eleito em 2022?
Ainda que o bitcoin não tenha uma bancada formal de apoio no Congresso Nacional e Assembleias Legislativas estaduais, é possível dizer que alguns políticos têm se mostrado animados com a tecnologia.
Um deles é o Deputado Federal Marcel van Hattem (NOVO-RS), que obteve 256.913 votos no último domingo (2) e se reelegeu ao cargo.
Outra novidade é Felipe Camozzato (NOVO-RS), que registrou 39.517 votos e chegou ao cargo de Deputado Estadual, após um mandado como vereador de Porto Alegre desde 2020.
O Deputado Federal Gilson Marques (NOVO-SC), que registrou 87.894 votos e foi eleito por média, segundo informações do TSE.
Defensor do bitcoin publicamente também foi reeleito o atual Deputado Federal Kim Kataguiri (União-SP), com 295.460 votos válidos.
Autor do projeto de lei 4.401/2021, que está para ser aprovado no Congresso Nacional, o Deputado Federal Aureo Ribeiro registrou 103.321 votos e foi outro que volta a ocupar seu cargo em 2023.
Quem está de fora em 2023?
Um dos deputados estaduais do Rio Grande do Sul é Fábio Ostermann (NOVO-RS), apoiador do bitcoin que obteve em 2022 apenas 25.894 votos e não conseguiu voltar ao cargo.
O atual deputado estadual Bruno Souza (NOVO-SC), teve 86.568 votos e entregará o cargo, mas será suplente a espera que alguma vaga surja no futuro.
Antes Deputado Federal, Paulo Martins (PL-PR) tentou uma vaga no Senado Federal em 2022, e chegou a registrar 1.697.962 votos. No entanto, o ex-ministro Sérgio Moro (União-PR) acabou conquistando a vaga, deixando Martins de fora do Congresso em 2023.
Arthur do Val, o “Mamãe Falei”, era um deputado estadual de São Paulo até 2022, quando teve seu mandado cassado pela Assembleia Legislativa e então não foi candidato nas eleições do último domingo.
Como em 2021 o bitcoin contava com 8 políticos eleitos defendendo seu interesse publicamente no Brasil, e agora em 2022 apenas 5 foram reeleitos ou eleitos, é possível dizer que o número de políticos que defendem a tecnologia diminuíram no legislativo nacional.
No executivo, os candidatos a presidência Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) não indicam publicamente que apoiam o bitcoin.