Belarus, ou também conhecida como Bielorrússia, vê um lançamento de uma bolsa de valores inovadora em seu país, que irá aceitar Bitcoin e Ethereum.
Na verdade o país tem passado por uma revolução no campo da infraestrutura de TI desde meados de 2015-2016, logo após uma recessão que favoreceu assim as empresas de inovação.
Desde 2017, a empresa aprovou uma lei sobre as criptomoedas, a fim de assim conseguir mais investimentos estrangeiros no país.
E agora, de acordo matéria vinculada pela Reuters, foi lançado no último dia 15 de janeiro uma plataforma de compra de ações, ouro, moedas estrangeiras e vários outros ativos com criptomoeda.
A Reuters informou ainda que o projeto foi lançado por duas empresas de investimento com foco em TI, a VP Capital e a Larnabel Ventures, e se chamará Currency.com.
O CEO da VP Capital, Viktor Prokopenya, disse a emissora que “Esta é a primeira plataforma no mundo onde os criptoinvestidores poderão diversificar seus investimentos em ativos reais”.
Os investidores comprarão tokens, através de um site ou aplicativo, que estão atrelados a ativos do país ou estrangeiros. Essas operações estão isentas de impostos até 2023.
No dia 15 a empresa emitiu 150 tokens, mas espera-se que a marca chegue a cerca de 10 mil ativos negociados com criptomoedas, tendo a plataforma já recebido mais de 2 mil pedidos de registro já nas duas primeiras horas da abertura.
A bolsa que terá um processo de KYC eficiente, ainda teve preocupação de informar que “Os padrões que foram desenvolvidos na Bielorrússia estão corretos, eles correspondem a práticas internacionais aceitas”, disse Prokopenya.
O país, que foi parte da União Soviética, ainda sofre com alta burocracia e forte presença do estado, e ainda hoje recebe subsídios russos para se manter em dia.
O setor de TI de Belarus cresceu cerca de 20% ao ano, com as exportações do mesmo crescendo 40% nos primeiros nove meses de 2018, após ultrapassar a marca de U$ 1 bilhão pela primeira vez em 2017.
A nova bolsa é uma empresa com ambição de se tornar referência em um país que sente efeitos de uma crise recente, e pode ter uma grande busca por investidores nesta modalidade se conseguir provar que é uma operação sólida.
Além deste fato, só a questão de ser a primeira do mundo que não seria bem uma verdade, conforme noticiou recentemente o Livecoins sobre uma empresa da Estônia que já estaria entrando também neste ramo, com a curiosidade que são países quase vizinhos e que foram parte da antiga URSS.