Bitcoin bate recorde histórico de US$ 69 mil e busca novas máximas, veja os próximos alvos

A última vez que o Bitcoin atingiu um recorde, o preço mais que triplicou nos três meses seguintes e, caso a história se repita, isso significa que a moeda digital pode chegar a marca de 213 mil dólares até junho.

O Bitcoin alcançou um novo recorde histórico, superando a marca de 69 mil dólares na manhã desta terça-feira (5). O momento era amplamente esperado pelos investidores, que viram a moeda digital passar por um longo período de turbulência em 2022 após grandes empresas colapsarem no mercado.

A moeda digital valorizou mais de 15% desde segunda (4), saindo de cerca de US$ 63 mil dólares para os esperados US$ 69 mil, preço visto pela última vez em 8 de novembro de 2021.

Vários fatores contribuíram para a alta do bitcoin, que quebrou paradigmas e atingiu um novo preço recorde antes do halving pela primeira vez na história, incluindo a chegada dos ETFs spot.

De acordo com especialistas, a aprovação dos ETFs nos Estados Unidos trouxe uma nova onda de investidores, levando o Bitcoin para o mainstream dos investimentos e atraindo mais instituições para o mercado, o que gerou um ciclo renovado de demanda.

É importante notar que apesar de já ter atingindo a marca de 69 mil dólares no passado, o topo histórico “verdadeiro” é de US$ 78.500 se considerarmos a inflação de 13,8% do dólar entre 2021 e 2024.

Por que o Bitcoin não para de subir?

Especialistas do setor apontam que o bitcoin está disparando em parte porque a demanda está aumentando em níveis recordes nos fundos negociados em bolsa nos Estados Unidos. Os ETFs, que permitem aos investidores se envolverem com a criptomoeda de uma forma menos arriscada, atraíram mais de US$ 10 bilhões em menos de dois meses.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovou os ETFs em janeiro e, desde então, os investidores depositaram bilhões de dólares nos 11 fundos diferentes disponíveis, de acordo com dados da Bloomberg.

Apesar disso, a recuperação do Bitcoin começou em 2023, com seu preço mais que dobrando de valor ao longo do ano. Na época, analistas atribuíram a alta a três fatores principais: a antecipação da aprovação dos ETFs pela SEC, a antecipação dos cortes nas taxas de juros do Fed e ao halving, evento que cortará pela metade as recompensas dos mineradores.

Caso você seja novo no mercado, tenha em mente que o halving sempre desencadeou altas, com o preço do bitcoin aumentando centenas de vezes nos meses seguintes. O evento acontece a cada quatro anos e diminui as recompensas por bloco para os mineradores, o que significa que menos bitcoins são minerados.

Com menos bitcoins sendo ofertados e uma demanda constante ou aumentada, é natural que o ativo valorize. O fenômeno pode até não se repetir, mas com o Bitcoin ganhando cada vez mais adoção e ficando mais difícil de ser comprado, é difícil, para não dizer impossível, imaginar um cenário onde a moeda digital não dispare após o halving.

Ciclos de halving do bitcoin e análises gráficas de Santino Cripto
Ciclos de halving do bitcoin e análises gráficas de Santino Cripto

De acordo com Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, 2024 será um ano histórico para o Bitcoin e para todo o ecossistema de criptomoedas.

“Para pequenos investidores, o Bitcoin tem um potencial de valorização muito bom e dá acesso a formas inovadoras de proteger e multiplicar a renda e os fundos.”

Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, disse ao Livecoins que o forte crescimento tanto na receita proveniente de transações institucionais quanto de varejo demonstra que os usuários acreditam em um ambiente macroeconômico melhor no resto do ano.

Para Kris Marszalek, CEO da Crypto.com, o Bitcoin atingir um novo recorde histórico é um marco incrível para a indústria e gratificante para aqueles que acreditaram no mercado.

Guilherme Sacamone, gerente-geral da OKX no Brasil, afirmou que o Bitcoin alcançando novos recordes históricos é um testemunho da incrível resiliência e potencial de longo prazo deste ativo revolucionário.

“O investimento institucional está aumentando, os casos de uso estão se expandindo rapidamente e a conscientização do consumidor está crescendo a cada dia. Isso é extremamente positivo para o mercado de criptomoedas em expansão no Brasil, onde estamos vendo um interesse e adoção tremendos.”

Até onde o Bitcoin pode subir?

O otimismo tomou conta do setor, com previsões de que o Bitcoin pode alcançar pelo menos US$ 100 mil até agosto de 2024 e potencialmente US$ 200 mil até o final de 2025.

No entanto, é importante lembrar que a natureza imprevisível do mercado exige cautela, já que eventos de cisne negro podem alterar rapidamente a dinâmica do mercado.

Seja como for, o atual sentimento do mercado é de “extrema ganância”, de acordo com o Índice de Medo e Ganância do Bitcoin, o que pode indicar oportunidade de venda para alguns enquanto uma possibilidade de continuar o investimento, dependendo da interpretação do investidor.

Índice de Medo e Gnância 5 3 2024 (CMC)
Índice de Medo e Gnância 5 3 2024 (CMC)

Alguns analistas sugerem que, embora o bitcoin possa continuar subindo no curto prazo, ele poderá enfrentar uma correção nas próximas semanas, à medida que as margens de lucro não realizadas se aproximarem de níveis extremos.

No entanto, investidores de longo prazo continuam confiantes de que a combinação da crescente demanda por bitcoin através dos ETFs e a futura oferta mais restrita da moeda digital empurrará o preço do bitcoin para preços inimagináveis.

Vale notar que a última vez que o Bitcoin atingiu um recorde, o preço mais que triplicou nos três meses seguintes e, caso a história se repita, isso significa que o preço do Bitcoin pode chegar a marca de 213 mil dólares até junho.

Comunidade comemora

Apesar de ter corrigido após atingir seu preço histórico, a comunidade continua confiante que o Bitcoin continuará a subir, com várias empresas e investidores comemorando nas redes sociais, veja as reações:

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Mateus Nunes
Mateus Nuneshttps://livecoins.com.br
Fundador do Livecoins. Formado em Ciência da Computação e profissional de segurança da informação há mais de 10 anos. Escreve sobre Bitcoin desde 2012. Tradutor do site Bitcoin.org

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