O movimento “sell in may” chegou ao preço do Bitcoin, que caiu 16% de seu valor no Brasil em maio de 2022, assim como o ouro, que também registrou queda. Dessa forma, o mês de junho começa com a missão de mudar o que pode ser o segundo pior fechamento trimestral da história da moeda.
Com uma sequência de altas no mercado nos últimos anos, o bitcoin atraiu uma nova classe de investidores, que viveram os bons momentos da alta da moeda. Contudo, com a baixa muitos já buscaram realizar seus lucros acima de suas aquisições.
Quem comprou até dezembro de 2020 uma simples unidade de bitcoin segue no lucro, mesmo com as quedas recentes.
Bitcoin caiu 16% em maio, ouro também cai com alta do Real
O mercado de ações tem um lema curioso, que é o “sell in may and go away“, indicando que o mês de maio é o período de vender investimentos feitos em empresas e aguardar até o novo ciclo de alta, sendo normalmente localizado entre novembro e abril.
Contudo, esse ditado de vender em maio acabou sendo aplicado pelos investidores de bitcoin, que viu o preço da moeda cair 16,13% no último mês, uma grande queda para o período.
Segundo apuração da FinDocs com dados da Bloomberg, o contrato de ouro negociado pela B3 também desvalorizou no Brasil em 6,69%. Finalizando os investimentos ruins do mês está o Dólar, que despencou frente ao Real 3,86% no período.
Como o preço do bitcoin no Brasil é muito atrelado ao Dólar, a queda da moeda norte-americana piorou a situação para a cotação da moeda digital no país. Em relação ao Dólar, a cotação do bitcoin caiu 15,7% no período, abrindo com valor em US$ 37.713,27 e fechando em US$ 31.792,31.
Volume de negociação de criptomoedas no Brasil cresceu em maio
Como “enquanto alguns choram, outros vendem lenços”, as corretoras de criptomoedas que negociam no par Real não tem do que reclamar do mês de maio.
Isso porque, no mês de abril de 2022, o volume de negociações de todas as criptomoedas no Brasil foi de R$ 12.705.578.527,44, segundo relatório do Mercado Cripto Brasileiro.
No entanto, no mês de maio o volume aumentou nas corretoras, provavelmente devido ao número de vendas que foram realizadas no período, sendo negociados R$ 14.090.031.500,32 em criptomoedas nas plataformas brasileiras.
A Binance foi a principal plataforma de negociações utilizadas pelos brasileiros no período, sendo o destaque no par Real.
Chama atenção que o período de maior volume coincide com as datas em que o mercado assistia à morte da criptomoeda Terra (LUNA), episódio que levou medo a investidores e pode ter levado muitos a encerrarem posições.
Segundo pior trimestre da história?
O mês de junho de 2022 então abre com uma responsabilidade que pode entrar para a história. Isso porque, desde 2014 o fechamento do segundo trimestre pode encontrar a sua segunda maior queda no período, caso o preço se mantenha na cotação atual, que é de US$ 30.500,00.
Em 2021, o segundo trimestre viu uma derrapada de 40% na cotação do bitcoin, que assustou investidores na ocasião.
Assim, o segundo trimestre de 2022 pode ser o terceiro registro negativo para o período nos últimos 9 anos, um período que historicamente é positivo.