Mr. Wonderful, o “Senhor Maravilha”, apelido pelo qual o grande investidor é conhecido no programa Shark Tank, declarou que o Bitcoin é “um hambúrguer gigante de nada”.
Kevin O’Leary é um famoso investidor e tem autoridade quando o assunto é investimentos. Ele é uma das figuras mais respeitadas no mundo dos negócios. Sua consultoria de investimentos é uma das mais buscadas por investidores da bolsa de valores.
Contudo, na opinião do investidor, o fato de que nem tem todas as instituições estarem dispostas a usar o Bitcoin, é decisivo e torna a criptomoeda “um nada”.
“Bitcoin é um hambúrguer de nada, um hambúrguer gigante de nada”, disse O’Leary, presidente da O’Shares ETFs, porque “você não tem todas as instituições dispostas a ‘jogar bola com ele’”.
A firmação diz respeito ao fato de que ao mesmo tempo que o Bitcoin é adotado por várias empresas, outras estão banindo e criando barreiras para a adoção da moeda digital.
O astro do Shark Tank também criticou o processo de transferência e conversão do Bitcoin em moeda fiduciária: “não é instantâneo”, disse.
O famoso investidor que é um dos principais apresentadores do programa Shark Tank disse que não pode usar Bitcoin para “comprar ativos” globalmente, já que os reguladores em diferentes países continuam cautelosos com a criptomoeda.
“Não consigo obter consistência com nenhum regulador único em endossar Bitcoin para que eu faça uma transação significativa”, disse. “Está melhorando, mas não é algo que todos os reguladores em todos os mercados apoiam.”
Apesar de criticar a moeda digital, em dezembro ele participou de um podcast no youtube onde revelou que já possuía alguns bitcoins e tinha a intenção de no futuro investir mais na criptomoeda, cerca de 1% a 2,5% de seu portfólio.
O “tubarão” disse que quando as criptomoedas forem regulamentas de modo que ele possa colocar milhões de dólares nelas e saber que não está infringindo nenhuma lei, várias pessoas fariam o mesmo.
Para ele, o Bitcoin tem grande potencial de se tornar “algo de tremendo valor” se as agências reguladoras em diversos países se comprometerem com as criptomoedas.
“Se houvesse uma tentativa de pegar o próprio Bitcoin ou alguma outra criptomoeda que pudesse ser aceita e negociada em todos os lugares com agências reguladoras concordando e fosse agnóstico, na minha visão, seria possível negociá-lo afim de comprar ativos na Suíça, na França, ou na Inglaterra, ou nos Estados Unidos, todo mundo pegaria essa moeda digital.”
JP Morgan também já criticou o Bitcoin
Outro que também criticou o Bitcoin foi Jamie Dimon, o CEO de um dos maiores bancos dos EUA.
Em setembro de 2017 durante um período de valorização da criptomoeda, o CEO do JP Morgan criticou o Bitcoin chamando-o de fraude e afirmando que iria demitir quem comprasse moedas digitais.
Contudo, como diz o velho ditado popular, “quem desdenha quer comprar”, pouco tempo depois descobriu-se que o JP Morgan havia “comprando” Bitcoin, ao investir em títulos XBT, um instrumento de investimento que acompanha o preço da moeda digital.
Em 2017 o Bitcoin chegou a ser negociado por US$ 3.000 após a China ter proibido as ICOs, foi justamente nessa época que o CEO do JP Morgan criticou a moeda digital, mas “por trás das cortinas” estava investindo.