Na sexta-feira (21), o preço do bitcoin despencou, saindo dos US$ 41.000 e chegando a ser negociado por cerca de US$ 35.300. Além disso, com esta recente queda a moeda digital perdeu um suporte importante, segundo analistas, podemos ver o bitcoin sendo negociado na casa dos 30 mil dólares em breve.
Por outro lado, as correções no preço não indicariam um bear market (mercado de baixa). Apesar da volatilidade do bitcoin e demais criptomoedas, segundo analistas, o mercado ainda se encontra em um ciclo de alta.
As correções no mercado são normais em ciclos de alta, chegando a níveis de 50% de queda ou mais. Porém, esta correção no preço resultou em US$ 1.07 bilhão liquidado no mercado, como consequência de números altos de alavancagem nas exchanges.
Este movimento traz uma “limpeza” no mercado, com números altos de alavancagem as quedas aparecem.
Bitcoin caiu 27% em um mês
O preço do bitcoin caiu 7% nas ultimas 24 horas, atualmente é negociado na faixa dos US$ 35.000 – menor valor desde julho do ano passado. No último mês o preço do bitcoin despencou 27%, junto com ele as demais criptomoedas sofreram correções maiores.
De acordo com dados do CoinMarketCap, as criptomoedas perderam juntas 1 trilhão de dólares desde o pico de novembro. A queda nos preços está associada ao próximo aperto da política monetária nos Estados Unidos: os investidores, sem esperar por essa decisão, começaram a se retirar de ativos de risco, dizem os analistas.
Noa ano passado, o mercado de criptomoedas bateu vários recordes. Em abril, a capitalização total ultrapassou US$ 2 trilhões, em novembro chegou a US$ 3 trilhões. Contra o pano de fundo desse crescimento, os investidores começaram a usar bitcoin como um ativo de proteção.
Criptomoedas em queda
Na quinta-feira (20), o Banco Central da Rússia propôs a proibição da emissão, circulação e troca de criptomoedas no país, bem como a organização dessas operações em seu território.
O regulador disse que as criptomoedas enfraquecem o rublo, cuasam saída de capital do país, fluxo de recursos de depósitos bancários, além de diminuição do financiamento para o setor real da economia.
Com as intenções do Fed balançando tanto as criptomoedas quanto as ações, um tema dominante surgiu no espaço dos ativos digitais: as criptos se moveram quase exatamente da mesma maneira que as ações.
As ações relacionadas com empresas de criptomoedas também caíram na sexta-feira, com a Coinbase perdendo quase 16% e caindo para seu nível mais baixo desde sua estreia pública em 2021.
Apesar disso, o Bitcoin disparou nos últimos anos, parcialmente em meio a narrativa sobre adoção institucional, adequação como hedge e reserva de valor. Suas oscilações durante um período volátil para os mercados globais minam essa narrativa, mas a maior criptomoeda do mundo valorizou mais de quatro vezes nos últimos dois anos.