Assim como no Afeganistão, Faixa de Gaza e Cuba, o Bitcoin está ajudando a população ucraniana a se salvar dos problemas ocasionados pelo conflito armado em seu país. Desde o derradeiro dia de 24 de fevereiro de 2022, os ucranianos estão acordando ao som de bombas passando por suas cabeças e vendo-as explodindo próximo de suas casas.
Essa agressão dos ex-soviéticos ao país vizinho, desnecessário dizer que é totalmente repudiável, está colocando a vida de milhões de civis em risco.
Mesmo com o sistema legado em frangalhos devido ao conflito, o povo descendente dos cossacos conseguiu apoiar o exército e milhares de indivíduos que fugiram para outros países ou que ainda se mantém presente nas suas cidades natais.
Bitcoin é legal na Ucrânia
Diferentemente da China, os ucranianos podem utilizar o Bitcoin em seu país, sem nenhum tipo de preocupação, depois que o parlamento definiu que qualquer pessoa pode utilizá-lo sem haver qualquer tipo de sanção restritiva.
Vimos diversas pessoas se solidarizando com as vítimas da guerra, ajudando a população de todos os jeitos, mesmo que o governo do país esteja inerte ao confronto, ajudando a quem puder a se libertar das agressões provocadas pelos homens de Putin.
Obviamente, existiram aqueles que se aproveitaram da situação, como foi o caso de alguns agentes do bandido estacionário brasileiro, que foram para o solo ucraniano para fazer tudo, menos ajudar.
Mas, não vamos dar atenção a estes parasitas imorais aqui neste artigo. Para as pessoas que estavam com boas intenções, o Bitcoin apareceu como sendo uma excelente ferramenta para receber as doações de todo o mundo.
Guerra
Apesar do problema estar muito longe da nossa Terra Brasilis, muitos políticos concordam que este pode ser o maior conflito desde a segunda guerra mundial, isso porque Putin, na sua sanha de ser o Grande Irmão da história de 1984 de George Orwell, mandou as favas diversos tratados internacionais, apenas para invadir o país vizinho.
Inclusive, rasgou as Convenções de Genebra, que são as regras de Fair Play – se é que isso existe -, que foram definidas pela maioria dos países ao entrarem em confronto armado.
Somente na primeira semana, dois mil civis foram mortos, de acordo com o serviço militar ucraniano. Foram registrados blindados passando por cima de carros com civis, famílias inteiras mortas por morteiros, casas destruídas por caças militares, e o mais chocante, hospitais infantis são bombardeados.
Os chamados corredores humanitários, expressão para designar rotas para evacuação de civis e fornecimento de mantimentos para as regiões afetadas, não estão funcionando, criando um caso generalizado nas cidades onde os dois exércitos estão se enfrentando.
Isso acaba com o direito mais básico do indivíduo, o seu direito à vida, pois as pessoas ficam sem saber se é mais seguro sair de casa para evacuar da zona de guerra, ou se é melhor ficar em casa, ficando apreensivo, na iminência de tê-la destruída pela infantaria.
OTAN
As grandes organizações humanitárias não conseguem chegar nestes indivíduos para fornecer o mínimo de proteção a eles. A OTAN está fazendo vista grossa e chega a ser cômico as sanções à antiga União Soviética.
Observando essa realidade, percebemos que muitas pessoas estão em uma situação onde é quase impossível a ajuda chegar pelos meios ortodoxos.
Além disso, o sistema bancário do país está em frangalhos. Apesar do governo ucraniano conseguir fazer o pagamento da sua dívida nacional, os problemas principais estão no dia a dia da população.
Muitos bancos não estão funcionando. O sistema de pagamentos eletrônicos está inoperante para milhões de ucranianos, e a corrida aos bancos fez com que o [papel moeda se tornasse escasso], mostrando mais uma vez a fragilidade de um sistema de reservas fracionárias, algo que Murray Rothbard comentou diversas vezes em seus livros e artigos.
Com todos estes problemas, tudo fica mais complicado. O exército do país invadido não consegue ter apoio financeiro. As pessoas que estão presas nas cidades invadidas não conseguem sair, nem mesmo comprar comida, porque não tem como fazer uma simples transação.
As coisas ainda estavam piores, já que havia muitos locais sem internet, mas, felizmente, isso foi contornado graças a Starlink de Elon Musk. Com o sistema legado tendo todos estes problemas, o Bitcoin surge como sendo uma ferramenta que, literalmente, pode salvar as vidas das pessoas neste tempo de guerra.
Se essas pessoas utilizassem o Bitcoin, os problemas relacionados ao sistema legado não as afetariam, pois as transações iriam ocorrer normalmente, de maneira simples, rápida e segura. Além disso, as pessoas que conseguiram se refugiar em outros países poderiam levar consigo seu patrimônio, copiando as seeds das suas carteiras de bitcoin.
Se Laleh Farzan conseguiu sair do Afeganistão e chegar a Alemanha como refugiada com as seeds que levou em um minúsculo pedaço de papel, os ucranianos também conseguiriam fazer isso.
Anonimato
O anonimato que a moeda pode oferecer também é algo importantíssimo nos tempos de guerra, pois quem quiser ajudar o exército ucraniano ou as pessoas necessitadas, pode fazer sem que ninguém saiba. Russos que são contra ao conflito, poderiam ajudar o lado oposto sem precisar se preocupar se o governo iria saber disso ou não.
Cada dia mais ucranianos estão utilizando o Bitcoin para fazerem suas transações e pagamentos. Isso foi impulsionado pelo fato dele ser legalizado no país, retirando qualquer tipo de impedimento burocrático.
Isso uniu todos os ucranianos, sejam eles trabalhadores, militares, empresários, funcionários públicos ou grupos socioeconômicos diferentes. Isso pode ser confirmado ao tentar fazer uma doação a qualquer organização não governamental que está focada em ajudar a Ucrânia, que com certeza está aceitando doações de Bitcoin.
Além disso, muitos organizadores sabem que essa é a melhor opção no momento, pois devido ao problema do sistema bancário não estar funcionando, papel moeda e criptos são os únicos jeitos para se conseguir comprar mantimentos na capital do país, Kiev.
Sem contar que as moedas digitais são muito mais confiáveis e fáceis de serem utilizadas, pois podem ser doadas por qualquer pessoa do mundo, não apenas por aqueles que possuem a moeda governamental.
O fato do Bitcoin ter em seu cerne a centralização, as entidades não governamentais e os ativistas locais desempenham funções complementares, onde podem muito mais facilmente distribuir as ajudas entre os indivíduos, garantindo assim que não fiquem desalentados e prontos para proteger a liberdade de seu país.
Essa situação adiciona mais uma refutação a falácia de que o Bitcoin é péssimo para o meio ambiente. O que realmente é ruim para o meio ambiente são as forças militares russas que no dia 4 de março de 2022 usando armamento pesado para capturar a maior usina nuclear da Europa.
Bitcoin salva ucranianos
Isso sim é uma crise para o meio ambiente. Para se ter uma ideia, se houvesse um problema com os reatores nucleares dessa usina, a catástrofe poderia ser dez vezes maior do que o ocorrido em Chernobyl.
O conflito da Ucrânia mostra que operações que põe em risco indivíduos pacíficos, a humanidade, e toda a civilização global, são centralizadas. Entretanto, as coordenações voluntárias, independentes, descentralizadas e distribuídas conseguem resolver tais ameaças.
Os ucranianos legalizaram o Bitcoin e ele está sendo utilizado para salvar várias pessoas durante este período de guerra, devido a ser descentralizado e distribuído. O Bitcoin continua sendo sinônimo de vida, liberdade e salvação para as pessoas nos momentos mais complicados de suas vidas.