Ao ficar acima dos US$ 41.000 nesta segunda-feira (4), o Bitcoin atingiu um valor de mercado de US$ 813 bilhões, ultrapassando gigantes como a Tesla de Elon Musk, Berkshire Hathaway de Warren Buffett e também a Meta (antigo Facebook).
Em suma, essa métrica é o número total de unidades de um ativo multiplicado pelo seu preço. Portanto, ao multiplicar 19.561.025 bitcoins em circulação por seu preço, US$ 41.562, chegamos aos US$ 813 bilhões. Para chegar a US$ 1 trilhão de market cap, é necessário que o Bitcoin alcance os US$ 51.122.
Sendo assim, a próxima empresa a ser batida é a Nvidia, que subiu mais que o próprio Bitcoin em 2023 graças ao setor de inteligência artificial. Famosa também entre gamers, a Nvidia está valendo US$ 1,12 trilhão.
No topo dessa tabela está o ouro com um valor de mercado estimado em US$ 13,7 trilhões. O Bitcoin precisaria chegar aos US$ 700.000 para tomar a posição do metal. Embora distante, alguns investidores como Arthur Hayes já estão mirando neste alvo.
Bitcoin foi o ativo que mais rápido chegou a US$ 1 trilhão
Embora existam 8 ativos com um valor de mercado acima de US$ 1 trilhão, o Bitcoin foi o ativo que mais rápido chegou a esse patamar. Foram necessários apenas 12 anos para alcançar essa marca.
Conhecido por sua volatilidade, o Bitcoin saiu dessa lista de ativos trilionários por duas vezes em 2021. Em novembro de 2022, após falência da FTX, chegou a valer menos de US$ 300 bilhões, mas no momento já está mirando o US$ 1 trilhão novamente após uma alta de 174%.
Os principais fatores que impulsionaram a recente alta do Bitcoin foram os pedidos de ETF à vista nos EUA, principalmente da BlackRock, mas também a expectativa do mercado de que o Fed realize cortes nas taxas de juros. Outro motivo é a chegada do halving.
Bitcoin tem três grandes motivos para continuar subindo em 2023
O primeiro grande motivo para o Bitcoin subir são os pedidos de ETF à vista nos EUA. Segundo analistas da Bloomberg, há 90% de chances de que eles sejam aprovados pela SEC. A Comissão tem até meados de janeiro para responder às principais gestoras.
Outra razão é a expectativa do mercado sobre o corte na taxa de juros pelo Fed. Segundo a ferramenta FedWatch do CME, investidores acreditam que há 50% de chances do Fed baixar os juros em 0,25% já em março de 2024. Em suma, isso traria mais capital para investimentos em renda variável.
Por fim, mas não menos importante, está o halving do Bitcoin. Esperado para o fim de abril de 2024, o halving reduzirá a recompensa dos mineradores pela metade, de 6,25 para 3,125 bitcoins por bloco, diminuindo a inflação do Bitcoin.
Portanto, com possível alta na demanda e queda na oferta, é possível que o Bitcoin volte a ser um ativo de US$ 1 trilhão em breve. De qualquer forma, alguns alertam que esses eventos já podem estar precificados, o que poderia causar uma queda no curto prazo.