A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, está continuando sua saga no mercado de criptomoedas. Na última terça-feira (27), a empresa lançou um ETF ligado a 35 empresas globais que possuem relação com criptomoedas.
Destas, 75% possuem a tecnologia blockchain como seu negócio primário, como exemplo, corretoras e mineradoras de criptomoedas. Já as outros 25% possuem ligação indireta, incluindo empresas de pagamentos e de semicondutores.
Chamado iShares Blockchain Technology UCITS, o ETF estará disponível para clientes da Europa. Previamente, a gestora já havia entrado no mundo das criptomoedas com uma parceria com a corretora americana Coinbase, bem como criado um fundo privado de investimento em Bitcoin.
Mercado de criptomoedas vale R$ 5 trilhões, mas BlackRock acredita que ainda é pouco
No momento, o mercado de criptomoedas está valendo 5 trilhões de reais, sendo R$ 2 trilhões do Bitcoin. Entretanto, este número já ultrapassou os R$ 15 trilhões no ano passado e pode voltar a subir.
Além disso, há uma enorme estrutura ao redor das criptomoedas. Como exemplo, podemos citar a indústria bilionária da mineração, bem como as corretoras que transformaram seus fundadores visionários em algumas das pessoas mais ricas do mundo.
Dado isso, a gestora BlackRock acredita que este é um mercado muito novo e, sobretudo, ainda possui espaço de crescimento. Portanto, o lançamento de seu ETF ligado a empresas de blockchain e criptomoedas na Europa mais uma oportunidade que a gestora está agarrando.
“Acreditamos que os ativos digitais e as tecnologias blockchain se tornarão cada vez mais relevantes para nossos clientes à medida que os casos de uso se desenvolverem em escopo, escala e complexidade.”
“A proliferação contínua da tecnologia blockchain ressalta seu potencial em muitos setores”, continuou Omar Moufti, estrategista de produtos da BlackRock. “A exposição oferecida pelo ETF iShares Blockchain Technology UCITS permitirá aos nossos clientes a oportunidade de se envolver com empresas globais que lideram o desenvolvimento do ecossistema blockchain emergente.”
Portanto, tal fundo pode agradar até mesmo investidores que evitam as criptomoedas, justificando ser difícil analisar o seu preço justo. Sendo assim, o ETF da BlackRock intitulado BLKC oferecerá um novo conjunto de investimento aos europeus.
No fundo, podemos encontrar empresas como Coinbase e Block (antiga Square) com maior peso, assim como mineradoras como Marathon e Riot. Na sequência, também estão outras empresas não tão ligadas às criptomoedas, como PayPal e NVIDIA.
Por fim, vale lembrar que a BlackRock entrou com tudo no setor de criptomoedas no mês passado. Além de uma parceria com a Coinbase para oferecer BTC aos seus clientes, a gestora também criou um fundo privado com exposição a maior criptomoeda do mercado.
Como destaque, alguns acreditam que isso possa ser uma porta de entrada para Bancos Centrais investirem em Bitcoin.