Uma pesquisa realizada pela Gemini coloca o Brasil em destaque em várias métricas. A principal delas é referente a adoção, afinal 41% dos brasileiros (adultos) possuem criptomoedas, sendo o país líder entre os abordados.
A razão pode estar ligada a desvalorização do real, de 217% nos últimos 10 anos, a maior entre as treze moedas fiduciárias abordadas na pesquisa.
Junto ao Brasil, outros dois países da América Latina — Colômbia e México — fazem com que a região seja a mais interessada em usar criptomoedas como proteção contra a inflação, bem como para diversificar investimentos.
Por hora, a maior barreira de entrada para novas pessoas está relacionada a falta de conhecimento sobre como comprar e armazenar criptomoedas. Em outras palavras, tudo indica que a adoção tende a crescer ainda mais conforme este público comece a ser educado.
Real desvalorizado e alta adoção das criptomoedas no Brasil
Dentre os vinte países abordados pela pesquisa da Gemini, a surpresa é a liderança no Brasil em adoção. Afinal, o estudo Global State of Crypto 2002 aponta que 41% dos brasileiros adultos possuem criptomoedas.
Indo além, 66% dos brasileiros responderam que as criptomoedas são o futuro do dinheiro, taxa similar a de países em desenvolvimento como Colômbia (56%), Nigéria (63%) e Índia (59%). Do outro lado, essa aprovação é cerca de três vezes menor em países desenvolvidos como EUA (22%), Alemanha (23%), Noruega (15%) e o Reino Unido (20%).
Portanto, o sentimento favorável em relação as criptomoedas pode estar fortemente ligado ao desprezo às suas moedas nacionais.
Afinal esta própria pesquisa aponta que a maioria das pessoas que deseja comprar criptomoedas são aquelas mais afetadas pela desvalorização das suas moedas. Destaque para a desvalorização de 217% do real (BRL) frente ao dólar (USD).
Além disso, América Latina e África são as regiões que menos tem receios sobre as criptomoedas. Apenas 12% e 14%, respectivamente, nunca compraram porque “não confiam nas criptomoedas”. Em comparação, tal índice é de 33% na Europa e 32% nos EUA.
Por fim, a pesquisa mostra que a maior barreira ao investidor está relacionado a falta de entendimento sobre como comprar e armazenar criptomoedas, bem como preocupações com segurança.
Proteção contra a inflação
Como uma das principais características do Bitcoin é a sua oferta controlada pela matemática, muitos acreditam que esta criptomoeda possa ser usada como proteção à inflação. Novamente, América Latina e África são os que mais acreditam neste pensamento, com 46% cada.
Já sobre o uso de criptomoedas para diversificar investimentos, a América Latina é novamente destaque com 78% acreditando nesta afirmação. Portanto, este estudo aponta não apenas a atual força das criptomoedas como também o seu potencial de crescimento futuro.