Vários brasileiros prejudicados pelo colapso da corretora FTX seguem analisando a situação com cautela para buscar reaver suas criptomoedas presas na plataforma global.
Como não há sede no Brasil, a busca pelas criptomoedas dificilmente poderia ter resultados, de acordo com um advogado consultado pelo Livecoins sobre o caso.
Mesmo assim, a FTX passou a liberar alguns saques após um acordo com a criptomoeda Tron, de Justin Sun. A porta aberta, contudo, se parece mais com uma armadilha que uma verdadeira solução, acreditam alguns dos investidores.
Brasileiros com prejuízo na FTX se reúnem em grupo do Telegram para buscar seus direitos
Um grupo criado por brasileiros no Telegram, “FTX Vítimas“, já reúne mais de 240 pessoas com prejuízo na corretora. Com criptomoedas presas na plataforma, os investidores tentam compartilhar soluções encontradas para ajudar a comunidade.
Uma das soluções apresentadas para saques foi via rede Tron, após um apoio do fundador Justin Sun.
Durante a janela de saques, contudo, os brasileiros perceberam que o valor da Tron na FTX estava maior que em outras corretoras. Ou seja, ao trocar as criptomoedas por TRX, os investidores poderiam sacar, mas não encontrariam o valor correspondente em outras corretoras.
Segundo algumas análises de clientes, as perdas de valor para saques em TRX poderiam chegar até 70%.
CEO da FTX já pulou do barco
O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, não aguentou a pressão do fim do seu negócio e nesta sexta-feira (11) já anunciou que deixará sua posição na corretora global dos EUA e na Alameda Research.
Até então, ele vinha sustentando que a operação da FTX nos Estados Unidos era a única que não passava por problemas. Apesar disso, tudo indica que a plataforma FTX US também está falida, não apenas insolvente como se especulou o mercado.
Ainda não está claro quando clientes poderão tentar novos saques na empresa, visto que ao iniciar um processo de falência, tudo será levado para a justiça dos Estados Unidos. Vale lembrar que esse pedido foi apenas protocolado, mas as autoridades devem aceitar os termos da empresa para que ele avance.
Em 2022, a FTX se une a outras empresas que faliram, sendo a maior corretora a falir nos últimos anos do mercado. Nos EUA, a pressão pela regulação do setor cresce com o fim desse negócio.