Javier Milei, famoso defensor do Bitcoin e crítico dos Bancos Centrais, venceu as eleições primárias a presidência da Argentina. Com cerca de 97% das urnas apuradas, o candidato do partido La Libertad Avanza (A Liberdade Avança) conseguiu mais de 30% dos votos.
Em tuíte publicado em junho, Milei destaca que os argentinos possuem uma “oportunidade histórica” com essa eleição, oferecendo-se como uma alternativa para mudar uma política que há décadas fracassa.
“A única possibilidade de evitar este destino de pobreza para o nosso país é com uma mudança profunda, desde as raízes, para voltar a abraçar as ideias de liberdade, que são as ideias que engrandeceram este país”, escreveu Milei.
“Há meses sou tachado de louco por propor um caminho diferente para o nosso país. Loucura é continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes.”
Javier Milei é um grande defensor do Bitcoin, mas já foi acusado de promover pirâmide de criptomoedas
Hoje a Argentina possui uma das maiores inflações do mundo, mas isso não é nenhuma novidade. Nos últimos 42 anos, a inflação acumulada ultrapassa os 902.382.100.000%, refletindo às políticas monetárias de seus governantes. Como solução, a população está obviamente recorrendo ao Bitcoin e outros ativos.
Talvez por isso, um candidato pró-Bitcoin esteja na liderança da corrida presidencial da Argentina, vencendo as primárias.
Ainda em maio, Javier Milei criticava Bancos Centrais, afirmando que o peso argentino não tinha nenhuma demanda e, por conta disso, seu valor tendia a zero. “Todo economista, por mais medíocre que seja, acho que deveria entender isso”, comentou.
Em outro trecho, Milei também critica o curso forçado de uma moeda e a impressão desenfreada de dinheiro.
“O que aconteceria se emitíssemos dinheiro? Iríamos para a cadeia por falsificar dinheiro. O Banco Central é legal, mas não legítimo.”
No entanto, o presidenciável argentino também já teve seus problemas, não sendo nenhum modelo perfeito. Em 2022, Milei foi acusado de promover uma pirâmide de criptomoedas após recomendar uma empresa que prometia rendimentos de 8% ao ano sobre investimentos em dólar.
Poucos meses depois, a CoinX parou de pagar seus clientes, mas, em sua defesa, Milei afirmou que a empresa não era uma pirâmide.
De qualquer forma, os resultados da eleição a presidente da Argentina mostram que os hermanos estão cansados da inflação, buscando uma solução.
Candidatos pró-Bitcoin em destaque
Além da Argentina, os EUA são outro país onde candidatos pró-Bitcoin estão em alta. Além de Ron DeSantis, Robert F. Kennedy Jr. e Francis Suarez, até mesmo Donald Trump, que nunca foi grande fã do BTC, revelou ter investimentos milionários em criptomoedas nesta semana.
Portanto, a tendência da busca por mudanças econômicas parece ser generalizada, incluindo países cuja inflação não é tão preocupante como na Argentina, mas que ainda continuam parecendo experimentos às custas dos cidadãos.
Por fim, o último grito é pela liberdade, palavra que é quase um sinônimo do Bitcoin.