O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, voltou a atacar o Bitcoin durante uma entrevista à Axios da HBO. Segundo ele, os governos vão fazer tudo o que podem para barrá-lo.
Esta declaração de Dimon está sendo repetida desde 2014, na qual ele se mostra totalmente esperançoso de que os governos façam algo para banir a criptomoeda. Até agora, o único país a tomar medidas duras foi a China.
O grande problema é que uma regulamentação pesada despenderia muito dinheiro e seria pouco eficaz. As pessoas continuariam usando a moeda normalmente devido a sua descentralização e pseudo-anonimato. O Bitcoin nasceu justamente para não depender de governos.
Não é a primeira e não será a última vez
Seus ataques ao Bitcoin começaram em janeiro de 2014 durante uma entrevista à CNBC, dizendo que a moeda “é uma reserva de valor terrível, pode ser replicada e não tem estímulos de governos”. Além disso, Dimon comentou que a moeda é usada em atividades ilegais.
Um ano depois, em 2015, Dimon afirmou que o Bitcoin seria barrado por governos, já que nenhum deles iria apoiar uma moeda que não tem barreiras. “Não vai acontecer”, disse ele sobre o Bitcoin no Fortune Global Forum.
Em 2016, Dimon voltou a dizer que o “Bitcoin não vai a lugar nenhum“, reafirmando o seu desgosto em relação a moeda.
Continuando sua saga, em 2017 o CEO do JPMorgan afirmou que demitiria qualquer empregado que estivesse negociando Bitcoin. Mais tarde, no mesmo ano, o JPMorgan se mostrou interessado em lançar um fundo de Bitcoin.
Seguido por declarações nos anos seguintes, na qual ele diz “não dar a mínima para o Bitcoin”, além de continuar com o discurso de que os governos vão barrar a moeda. Dimon também chamou de idiota aqueles que pegam dinheiro emprestado para comprar bitcoin.
A última, até agora
Em sua última declaração, ao ser perguntado se o Bitcoin é o ouro de tolo do futuro, Dimon respondeu que o bitcoin “não tem valor intrínseco, a moeda será regulada de forma pesada”.
Ao ser questionado se o governo deveria regular o Bitcoin, Dimon mostrou-se muito a favor disso, repetindo suas falas de quase uma década atrás, ainda acreditando que a moeda é usada por indivíduos maliciosos.
“Sim… Se as pessoas estão usando [BTC] para evasão fiscal, tráfico sexual e ransomware, será regulamentado, goste você ou não. Portanto, não é uma declaração moral. É uma declaração factual.”
Dimon parece estar um tanto sozinho nesta causa, já que até mesmo o Presidente do FED declarou que não tem intenção de barrar as criptomoedas. Além disso, qualquer moeda fiduciária também pode ser para atividades ilegais, mesmo com regulamentação.
Também é importante lembrar que mesmo após o banimento do Bitcoin pela China, a moeda continua ganhando espaço, especialmente em exchanges descentralizadas.
Apesar de governos estarem lutando de forma silenciosa em relação a atividades ilegais com o Bitcoin, uma regulamentação mais ampla e pesada pode não surtir muito efeito, mesmo em seu preço.