Uma cidade de Santa Catarina não pode minerar criptomoedas em um sistema contratado de uma empresa de biometria. A cláusula é prevista no acordo feito entre a Prefeitura de Fraiburgo e a empresa Griaule.
Essa companhia internacional provê ao mercado serviços ligados a autenticação por meio de biometrias em sistemas.
Como clientes, por exemplo, estão grandes empresas nacionais, como a Caixa Econômica Federal, Santander, Polícia Civil do Distrito Federal e até o programa de carteiras de identidade de Israel, que reconhece mais de 9 milhões de pessoas.
Cidade de Santa Catarina não pode minerar criptomoedas com sistema de empresa
A mineração de criptomoedas é uma atividade essencial para o funcionamento das redes de moedas digitais públicas, atividade feita normalmente por empresas que têm interesse no futuro desse mercado.
Dessa forma, é preciso o uso de equipamentos específicos de criptomoedas, que costumam ser feitas por Asics, no caso do Bitcoin, ou placas de vídeo para moedas como Ethereum.
Contudo, mesmo se quisesse, o município de Fraiburgo, no Estado de Santa Catarina, assinou um contrato recente com a empresa Griaule, em que se compromete a não utilizar a solução contratada para mineração de criptomoedas.
“[…] (d) usar os Serviços para executar mineração de moedas digitais ou criptomoedas ((a) a (d) é definido como “Política de Uso Aceitável”). Além dos direitos que Nós temos neste Contrato e no Seu Pedido, Nós temos o direito de efetuar ações corretivas se a Política de Uso Aceitável for violada, incluindo, mas não limitado a, remover ou desativar o acesso ao material que viole a política supramencionada.”
Ou seja, caso o sistema de biometria seja utilizado para ligações com criptomoedas, o contrato pode ser rescindido. Anualmente, o valor do contrato tem o custo de R$ 1.600,00, assinado para o período de 17 de maio de 2022 a 16 de maio de 2023.
Sistema de biometria pode ser utilizado pela Polícia Científica de Santa Catarina
O uso do sistema de biometria que impede a mineração de criptomoedas pode ser utilizado pela Polícia Científica de Santa Catarina, IGP/SC.
Essa solução criada pela empresa de Campinas é ainda parceria da Unicamp e possui mais de 20 certificações pelo FBI, com sua operação já sendo utilizada em mais de 70 países.
Vale lembrar que a prática de minerar criptomoedas no trabalho já causou demissões em todo o mundo. Em 2021, por exemplo, um funcionário público foi pego minerando criptomoedas no trabalho em Marília, no interior de São Paulo, e foi alvo de processo administrativo pela prefeitura local.