Corretora de Bitcoin procura empresas interessadas em investir no ativo digital

Grande adoção institucional da moeda digital agora abre um novo mercado, que é o de captação de empresas para investir no setor.

Uma corretora de Bitcoin que atua na Argentina, Brasil e outros países da região, a Ripio, criou uma divisão que procura empresas interessadas em realizar investimentos na moeda digital.

Esse movimento de captar investidores é pioneiro na Argentina, conduzido por uma plataforma de investimentos que até então atendia apenas pessoas físicas. Vale o destaque que a Argentina tem visto grandes empresas comprando Bitcoin como reserva de valor.

Uma delas, e talvez a mais famosa do país, é o Mercado Livre, que comprou Bitcoin para se proteger de descontroles na inflação. Como a empresa é listada na bolsa norte-americana, a informação foi publicada no relatório público divulgado para acionistas.

Outra grande empresa da Argentina que comprou Bitcoin no mesmo período que o Mercado Livre é a Globant. Ou seja, com dois unicórnios do país investidos em Bitcoin, a startup saiu na procura de mais empresas interessadas no setor.

Corretora de Bitcoin cria divisão que procura empresas interessadas em comprar moeda digital como reserva

A divisão Ripio OTC, na Argentina, começa a captar investimentos de empresas em Bitcoin. Essa novidade foi divulgada em uma conversa com o jornal Diario Clarín com Matias Dajcz, CFO da corretora.

De acordo com Matias, nos anos 90 as empresas foram pioneiras no uso da internet, que só depois chegou com força para o público. Mas no mercado de Bitcoin, as pessoas chegaram antes, atraindo lentamente a atenção das companhias do setor privado.

Contando com 20 anos de experiência em bancos tradicionais, Matias hoje mora em Miami, local de onde comandará a nova empreitada da Ripio. Segundo ele, com grandes empresas investindo em Bitcoin nos últimos meses, como a Tesla, MicroStrategy, entre outras, CFOs e CEOs de empresas passaram a se interessar pelo assunto.

Como a adoção institucional foi importante para o mercado mundial de Bitcoin, sendo um motor de crescimento do setor, Matias acredita que é importante acelerar a busca para atender a nova demanda, que é crescente.

Os interessados devem comprar no mínimo US$ 5 mil na mesa de OTC da Ripio, ou o valor equivalente em pesos. A corretora argentina, que chegou a negociar com o Mercado Livre para sua aquisição, recomenda que as empresas coloquem de 1 a 5% do seu patrimônio em Bitcoin, para diversificar seus portfólios.

“Skin in the game”: Ripio recentemente adicionou Bitcoin e Ethereum em suas reservas

Se uma recomendação para os outros é boa, então ela deve ser praticada também por quem faz a recomendação. No caso da Ripio, por exemplo, no dia 19 de maio o CEO da corretora, Sebastian Serrano, anunciou a compra de Bitcoin e Ethereum como reserva de valor da empresa.

“Hoje adquirimos mais de US $ 10 milhões em $BTC e $ETH para o tesouro do @ripioapp grupo. +150 BTC @35.520 e +2000 ETH @2405”

Em conversa com o Clarín, Matias ainda disse que a corretora já intermediou negociações com jogadores de futebol famosos, jogadores de tênis, empresas de autopeças e até laboratórios na Argentina.

Apesar das recomendações de compra, a Ripio tem trabalhado também para instruir as empresas em Bitcoin, que no último mês registrou uma grande queda em sua cotação. De acordo com Matias, a moeda digital não é uma forma de ganhar dinheiro fácil, logo as empresas têm que comprar com cautela.

Além de atuar no Brasil, a Ripio também comprou a BitcoinTrade no Brasil, expandindo suas operações no país, no início de 2021.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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