Em um primeiro semestre difícil, o mercado de criptomoedas já perdeu R$ 10 trilhões de seu valor em relação a seu topo histórico de novembro do ano passado. Deste número, R$ 4,9 trilhões referem-se ao próprio Bitcoin, com queda acumulada de 68%.
Apenas nos últimos sete dias, o Bitcoin já despencou 29% após perder seu suporte na região dos 30.000 dólares, chegando a ser negociado a US$ 20.800 nesta terça-feira (14) antes de esboçar uma pequena reação.
Em relação à indústria, muitos mineradores já estavam vendendo seus bitcoins enquanto se preparavam para o mercado de baixa, o que pode ter pressionado ainda mais o preço. Além disso, exchanges brasileiras e internacionais realizaram demissões em massa no início deste mês.
Semana difícil para investidores de criptomoedas
Para piorar ainda mais o sentimento do mercado, a Binance interrompeu saques de Bitcoin enquanto seu preço derretia. Embora o CEO da empresa, Changpeng Zhao, tenha afirmado que os fundos estavam seguros, tais acontecimentos ajudam a criar mais pânico no mercado.
De qualquer forma, a Binance logo retornou a processar saques, afirmando tratar-se apenas de um problema em relação a transações presas devido às baixas taxas utilizadas enquanto a rede presenciava um maior fluxo de transações.
Além da Binance, a Celsius foi outra que apresentou problemas nestes últimos dias, também congelando saques. Outro agravante foi a movimentação dos fundos, que chamou a atenção de empresas de segurança para uma possível venda de BTC pela mesma.
Queda das criptomoedas é sentida pela indústria
Uma das melhores métricas para observar o sentimento da indústria são as ações da Coinbase ($COIN), maior exchange americana e listada na Nasdaq. Desde seu IPO, em abril do ano passado, suas ações já despencaram mais de 88%.
Outra que está apresentando uma queda brutal são as ações da MicroStrategy ($MSTR), também em queda de 88% em relação a seu topo em fevereiro do ano passado, devido a sua exposição em Bitcoin. Contudo, seu CEO segue confiante, afirmando saber da volatilidade do Bitcoin e se mostrando preparado para estes momentos.
Por fim, as criptomoedas enfrentam o seu pior primeiro semestre da história, com perdas de R$ 10 trilhões, além de uma desaceleração das indústrias que trabalham ao redor deste mercado, sejam exchanges ou mineradoras.