Cuba, um país que parece ter parado no tempo devido a sanções dos EUA, está descobrindo que o Bitcoin pode ajudar a sua economia. Sendo mais específico, uma reportagem da NBC aponta que cerca de 100.000 pessoas já usam Bitcoin e criptomoedas.
“Não precisamos mais de você. Essa é a maneira de pensar com todos esses serviços [financeiros]. Bem, você não me oferece serviços, não importa. Usarei criptomoedas para expandir meus negócios.”, relata Erich Garcia, empreendedor cubano a NBC.
Uma das razões para este crescimento foi a expansão da internet móvel em Cuba nos últimos anos. Sendo assim, agora os cubanos possuem tudo o que precisam para usar o Bitcoin: um celular com acesso à internet.
A necessidade do Bitcoin para Cuba
Atualmente um dos principais assuntos mundiais é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Como desfecho, muitos países estão lançando sanções à Rússia que, no que lhe concerne, está tentando entender se o Bitcoin pode ser um refúgio para salvar a sua economia.
Portanto, os embargos a Cuba, presentes desde a década de 60, poderiam ter sido menos impactantes ao país caso o Bitcoin já existisse naquela época. Afinal, a reportagem da NBC destaca que embora o país tenha dinheiro, o principal problema está relacionado aos provedores de pagamentos.
“Com o embargo mais apertado do que nunca, os bancos internacionais que lidam com a ilha tem sido multados. Então mesmo quando o cubano tem dinheiro para comprar comida, veículos e remédios, realizar pagamentos é a verdadeira dor de cabeça.”
In Cuba, you can use bitcoin to buy a meal, or a drink.
The island is experiencing a crypto boom, thanks in part, to U.S. sanctions.
Journalist Ed Augustin explains.
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— NBC News NOW (@NBCNewsNow) May 2, 2022
Indo além, a reportagem cita que o Banco Central de Cuba emitiu novas regulamentações sobre as criptomoedas. Desta forma, ainda que os cubanos precisem de uma licença para lidar com criptomoedas, parece que Cuba está descobrindo que o Bitcoin pode ajudá-los.
Contudo, é esperado que os EUA tentem cobrir esta brecha, assim como estão fazendo com a Rússia. Contudo, muitos cubanos não só podem como já estão se beneficiando de um sistema monetário descentralizado e anti-censura.