Junto com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá atuar, por meio de uma parceria, para ajudar no desenvolvimento tecnológico da instituição.
O acordo de cooperação envolverá várias ações, como o estímulo à produção acadêmica sobre inovações financeiras no país. Neste sentido, o uso de novas tecnologias, e as mudanças nas relações de bancos e pessoas com ativos tradicionais e digitais serão alguns temas.
O trabalho será realizado pelo Grupo de Pesquisa Inovação e Competitividade do Departamento de Administração Geral e Aplicada (GPITEC) da UFPR.
A expectativa para a CVM, de acordo com o chefe de assessoria de análise e gestão de riscos, Bruno Luna, é bastante positiva.
Ele afirma que a uma das prioridades da produção acadêmica será o enfoque em aspectos legislativos do Brasil e outros países. O objetivo será entender as normas tecnológicas em cada território.
Além disso, Bruno destaca também que enquanto o acordo estiver em vigor, a CVM irá fornecer pautas de interesse mútuo para a UFPR.
Assim, será possível obter dados quantitativos que poderão ajudar no desenvolvimento de ações futuras da comissão. O convênio também irá resultar em ações como produtos educacionais, eventos, palestras, cursos, estudos e pesquisas.
Blockchain e criptomoedas também serão destaque
A parceria entre a comissão e a universidade também dará enfoque a alguns temas referentes ao criptomercado.
Entre eles está o uso da tecnologia blockchain e os criptoativos, cada vez mais importantes e utilizados no país e no mundo.
O presidente da CMV, Marcelo Barbosa, um dos principais objetivos é engajar a academia a temas ligados ao mercado em geral. Ele afirma que os estudos ligados a inovação também serão de grande importância, principalmente pela promoção e propagação destes conhecimentos.
O diretor do Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR, Dr. Marcos Wagner da Fonseca, afirma que a parceria é de extrema importância para criar novos conhecimentos sobre o tema.
Assim, para ele os resultados destes estudos permitirão que tanto o mercado quanto a sociedade possam receber informações a seu respeito com maior rapidez e credibilidade.
A parceria foi consolidada por meio do programa Ponte de Inovação, criado pela CVM em 2019.
A ideia é somar esforços com a instituição de ensino para criar ações de interesse conjunto com relação a área econômica.
Desta forma, além de questões ligadas ao criptomercado também serão desenvolvidas ações voltadas para inteligência artificial e ciência de dados, fintechs, análise de impactos regulatórios, produtos financeiros tradicionais e novas tecnologias em finanças.