A Junta de Investimentos do Estado de Wisconsin (SWIB), responsável por gerenciar fundos de pensão e outros ativos do estado americano de Wisconsin, revelou ter investido R$ 834 milhões (US$ 163 milhões) em ETFs de Bitcoin. As informações podem ser encontradas em um documento enviado à SEC.
Do total, US$ 99 milhões (R$ 507 milhões) foram investidos através do ETF de Bitcoin da BlackRock, o IBIT, e outros US$ 63,7 milhões (R$ 327 milhões) no ETF da Grayscale, o GBTC.
No total, o SWIB gerencia R$ 800 bilhões (US$ 156 bilhões) em ativos. Portanto, eles investiram apenas 0,1% de seu caixa em Bitcoin, o que pode ser considerado uma estratégia conservadora.
Estado americano investe em ETFs de Bitcoin e empresas do setor
Antes de Wisconsin, o mercado já havia se surpreendido com outros nomes famosos que investiram em ETFs de Bitcoin. Na lista estão gigantes como Wells Fargo, JP Morgan, VP Bank, Old National Bancorp, BTG Pactual, Banco do Brasil e outras gigantes institucionais.
Mesmo assim, o aporte de um Estado dos EUA mostra a força da BlackRock no mercado, mas também do Bitcoin. Isso porque esse ETF levou apenas 49 dias para alcançar US$ 10 bilhões em ativos, quebrando recordes. Até mesmo Larry Fink, CEO da gestora, disse estar impressionado com a maior criptomoeda do mercado.
No entanto, o estado de Wisconsin não parou nos ETFs. Segundo documento enviado à SEC, o SWIB também investiu em ações de empresas do setor.
Dentre os investimentos estão US$ 24,5 milhões na corretora Coinbase, US$ 27 milhões na Block, empresa de Jack Dorsey, e outros US$ 18,9 milhões na MicroStrategy.
Indo além, o fundo também comprou ações de diversas mineradoras, incluindo US$ 837.000 na Marathon Digital, US$ 3,5 milhões na Riot, US$ 568.000 na Cipher Mining e mais US$ 626.000 na Cleanspark.
Somados, os investimentos em ETFs de Bitcoin e empresas do setor chega a R$ 1,2 bilhões (US$ 238 milhões).
Bitcoin pode definir as eleições presidenciais americanas
O Bitcoin está ganhando tanta tração que pode definir as eleições presidenciais dos EUA. Segundo pesquisa, 1 a cada 5 americanos considera o assunto como um ponto importante na escolha de seu presidente.
Quem está se aproveitando disso é Donald Trump. Embora odiasse o Bitcoin, o ex-presidente americano mudou seu discurso recentemente e passou a atacar Joe Biden em sua campanha quando aborda o tema.
Indo além, Trump também está recebendo apoio de grandes nomes da indústria. Um dos maiores exemplos é David Bailey, CEO da Bitcoin Magazine.
“Nas últimas semanas, temos trabalhado com a campanha do Trump para desenvolver a agenda de política sobre bitcoin e criptomoedas deles.”
“Propusemos um decreto executivo abrangente para o Presidente Trump assinar no primeiro dia”, escreveu Bailey. “Esta semana, Trump deu o primeiro passo, mas ainda há muito trabalho pela frente. Pretendemos arrecadar um cofre de guerra de $100 milhões para a campanha, garantindo que o próximo Presidente dos Estados Unidos seja a favor do Bitcoin.”
For the past month we have been working with the Trump campaign to develop their bitcoin and crypto policy agenda. We proposed a comprehensive executive order for President Trump to sign on day 1. I will be sharing those details soon. This week Trump took the first step, but…
— David Bailey🇵🇷 $0.65m/btc is the floor (@DavidFBailey) May 11, 2024
Em outra postagem, Bailey destacou que não está apoiando Trump, mas sim querendo tirar Biden da cadeira presidencial. Isso porque os EUA têm pressionado o mercado tanto pelo lado da SEC, que afirma que quase tudo é um valor mobiliário, quanto pela prisão de diversos desenvolvedores.
Portanto, os investimentos do estado de Wisconsin podem ser mais um exemplo de que até mesmo partes do governo não concordam com essa pressão.