A MicroStrategy, empresa fundada por Michael Saylor, acumulou 190.000 bitcoins (R$ 45 bilhões) ao longo dos últimos 3 anos. No entanto, com apenas 1 mês de existência, os novos ETFs nos EUA já ultrapassaram essa soma.
Enquanto a BlackRock detém 82.500 BTC em seu ETF, a Fidelity aparece logo atrás com 66.600 bitcoins. A soma das duas ultrapassa os 149.100 bitcoins. Na sequência, gestoras menores como Ark Invest e Bitwise completam a conta.
O Bitcoin está cotado a US$ 47.500 no momento desta redação e essa alta semanal de 11,4% pode estar ligada ao sucesso dos ETFs. Outro motivo seria a especulação sobre a chegada do halving, marcado para o final de abril.
ETFs e fundos representam os maiores investimentos em Bitcoin
A página Bitcoin Treasuries separa os investidores de Bitcoin em 5 categorias: empresas públicas, privadas, ETFs, DeFi e governos. Para surpresa de alguns, os ETFs e fundos detém a maior porcentagem da oferta de Bitcoin.
O menor setor é o de DeFi e contratos inteligentes, representando apenas 0,76% do mercado. Na sequência aparecem empresas públicas e privadas, com 1,3% e 2,31%, respectivamente. Governos, liderados por EUA e China, detém outros 2,69% da oferta, resultado de apreensões.
Já os ETFs possuem 3,89% da oferta de 21 milhões de bitcoins. No total, são quase 817.000 BTC em suas carteiras, representando o maior número dentre as 5 divisões.
/ | Bitcoins | Valor em USD |
% da oferta total
|
Empresas públicas | 272.508 | US$ 12,9 bilhões | 1.30% |
ETFs e fundos | 816.912 | US$ 38,8 bilhões | 3.89% |
DeFi | 158.881 | US$ 7,5 bilhões | 0.76% |
Empresas privadas | 485.829 | US$ 23 bilhões | 2.31% |
Governos | 565.659 | US$ 26,8 bilhões | 2.69% |
A maior parte desses bitcoins está ligada ao GBTC, fundo da Grayscale fundado em 2013 e convertido para ETF no início desse ano. No entanto, os “novos ETFs”, como estão sendo chamados, já estão se destacando.
Em apenas 1 mês de mercado, gestoras como BlackRock, Fidelity, Ark Invest, Bitwise, Invesco e VanEck já acumulam mais de 190.000 bitcoins. A quantia já ultrapassa os investimentos da MicroStrategy, que além de levar mais de 3 anos para acumular a soma, também foi bastante criticada durante o último bear market.
Caso consigam continuar nesse ritmo, os novos ETFs poderão fechar o ano com mais de 2,3 milhões de bitcoins em suas carteiras. Para alguns especialistas, isso significa que pode “faltar” BTC para Wall Street, o que pode gerar um choque de demanda e uma grande alta.
Bitcoin cruza os US$ 47.500
Após iniciar uma alta na última quarta-feira (7), o Bitcoin pegou embalo e já ultrapassou os US$ 47.500 nesta sexta-feira (9). Desde o início do ano o ativo já acumula alta de 12%, dando sequência ao bull market iniciado em 2023.
Assim como aconteceu em outros dias da semana, um pico de volume foi registrado na Coinbase às 17h pelo horário de Brasília. Esse é o horário em que gestoras fazem alterações em seus ETFs e, portanto, pode estar por trás do movimento.
Sendo assim, a próxima barreira a ser quebrada é a resistência dos US$ 50.000. Para os mais otimistas, os ETFs, chegada do halving e o possível corte nas taxas de juros americanas podem fazer o Bitcoin atingir um novo topo histórico neste ano.