
Criptomoeda simbólica de Ethereum sobre circuito eletrônico.
O Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mercado, recebeu uma grande atualização em sua rede nesta quarta-feira (3). Chamada ‘Fusaka‘, a atualização tem foco em escalabilidade e seus testes iniciaram em setembro.
No momento desta redação, o Ethereum é negociado na faixa dos US$ 3.150 e opera com alta diária de 2,5%. Como comparação, o Bitcoin cai 0,7% no mesmo período.
Vitalik Buterin, fundador do Ethereum, comemorou o sucesso da atualização em suas redes sociais.
A título de curiosidade, os nomes das atualizações do Ethereum são sempre a mescla de dois nomes. No caso da Fusaka, ‘Fu’ se refere a uma estrela chamada Fulu e ‘saka’ se refere a cidade japonesa de Osaka.
A principal mudança é a introdução do PeerDAS (Peer Data Availability Sampling) através do EIP-7594, permitindo que nodes façam uma amostragem parcial dos dados dos blobs usados por soluções de segunda camada.
Isso aumentará a capacidade dos blobs em 8 vezes.
Em termos mais simples, isso permitirá mais transações por segundo, aumentando a escalabilidade do Ethereum, mas sem exigir o uso de hardwares de ponta por seus nodes.
Já os EIPs 7825 e 7935 introduzem um limite de 16.777.216 de gas por cada transação individual, evitando que uma única transação ocupe um bloco e também reduzindo riscos de ataque de DoS, e aumentam o limite total de gas para 60.000.000.
Ou seja, mais mudanças com foco em escalabilidade, bem como em segurança.
A atualização Fusaka também implementou os seguintes EIPs (sigla inglesa para Proposta de Melhoria do Ethereum):
Nas redes sociais, Vitalik Buterin, fundador do Ethereum, comemorou o sucesso da atualização e agradeceu o apoio da comunidade.
“Sempre bom ver quando as pessoas reconhecem as mudanças no protocolo que adicionam invariantes rígidas, melhorando a segurança do protocolo e sua adaptabilidade futura.”
Falando sobre atualizações de 2021, 2024 e agora de 2025 com a Fusaka, o desenvolvedor notou que “todas essas medidas colocam vários tipos de limites rígidos sobre quanto pode acontecer dentro de um único bloco ou de uma única transação, eliminando classes inteiras de riscos de DoS, permitindo simplificação do código dos clientes e criando mais opções para aumentar a eficiência”.
Em outro tuíte, Buterin falou especificamente sobre o PeerDAS, afirmando que “isso é literalmente sharding”, ou seja, uma divisão de trabalho entre partes menores, algo que o Ethereum está buscando desde sua criação.
“O Ethereum está chegando a consenso sobre blocos sem exigir que nenhum nó individual veja mais do que uma pequena fração dos dados. E isso é resistente até a ataques de 51% — é verificação probabilística no lado do cliente, não votação de validadores.”
No entanto, ele nota que o sharding ainda está incompleto. Como exemplo, cita que os construtores de blocos ainda precisam ver todos os dados para construir um bloco, o mesmo acontece com a mempool.
Além de prometer novidades sobre o PeerDAS nos próximos dois anos, Buterin finalizou agradecendo sua equipe.
“Parabéns aos pesquisadores e desenvolvedores core do Ethereum que trabalharam duro por anos para tornar isso possível.”
Por fim, vale lembrar que o usuário final não precisa fazer nada e pode continuar usando a rede normalmente. Portanto, cuidado para não cair em golpes.
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