Ex-secretário do Tesouro dos EUA chama reserva de Bitcoin de “ideia absurda”

Durante seu mandato no governo Clinton, Summers supervisionou as reservas nacionais de ouro dos EUA e afirmou que esses estoques servem como ativos estratégicos devido à sua utilidade comprovada ao longo da história.

Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, criticou duramente a proposta de criação de uma reserva nacional de Bitcoin, classificando a ideia como “absurda” e desprovida de qualquer justificativa econômica.

Em entrevista à Bloomberg TV, Summers disse que ao contrário de recursos tradicionais como ouro e petróleo, o Bitcoin não possui valor intrínseco ou aplicação prática para um governo, sendo incapaz de oferecer segurança econômica em tempos de crise.

Durante seu mandato no governo Clinton, Summers supervisionou as reservas nacionais de ouro dos EUA e afirmou que esses estoques servem como ativos estratégicos devido à sua utilidade comprovada ao longo da história.

No entanto, ele descreveu o Bitcoin como um “estoque estéril, incapaz de cumprir o mesmo papel.

“Essa ideia de termos uma reserva nacional de Bitcoin é simplesmente absurda. Não há propósito econômico válido para isso.”

“Reserva de Bitcoin é apenas para agradar doadores”

O ex-secretário do Tesouro dos EUA também sugeriu que a proposta pode ser motivada por pressões políticas de grandes financiadores da indústria cripto.

“Não há razão para implementar uma reserva nacional de Bitcoin, exceto para agradar generosos doadores de campanha ligados ao setor”, acrescentou.

A indústria cripto foi uma das principais apoiadoras financeiras nas últimas eleições presidenciais dos EUA, contribuindo em massa para campanhas de candidatos considerados pró-Bitcoin.

A proposta de uma reserva nacional de Bitcoin foi formalizada por meio de um projeto de lei apresentado pela senadora Cynthia Lummis (R-Wyo.), que prevê a compra de 1 milhão de bitcoins pelo governo dos EUA ao longo de cinco anos.

O montante equivale à cerca de 5% do suprimento global de bitcoin e, com a cotação atual, seria avaliado em quase US$ 100 bilhões. A ideia é que essa reserva diversifique os ativos governamentais e fortaleça a posição econômica americana.

Apesar disso, especialistas alertam para os riscos de uma política tão ousada. Críticos sempre apontam para a volatilidade do Bitcoin, cuja cotação flutua frequentemente em razão de fatores externos como decisões regulatórias e eventos geopolíticos.

Entre os economistas mais vocais contra a proposta está Peter Schiff, CEO da Euro Pacific Precious Metals, que previu a crise financeira de 2008.

Ele disse que uma reserva de Bitcoin poderia desvalorizar o dólar ao forçar compras contínuas para sustentar a posição do governo no mercado.

“A ideia de uma reserva que você não pode vender e deve continuar comprando é inútil. Isso destruiria a confiança no dólar ao longo do tempo”, escreveu Schiff no X (antigo Twitter).

Ele argumenta que, diferente do ouro, o Bitcoin depende inteiramente da confiança do mercado e não possui qualquer garantia física ou suporte governamental, o que o tornaria uma escolha arriscada para um ativo de reserva nacional.

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