Raoul Pal, CEO da Real Vision e ex-Goldman Sachs, contou em suas redes sociais como conheceu o Bitcoin em 2013. Na data, a União Europeia estava próxima do auge de sua crise da dívida soberana, servindo de combustível para o investidor se interessar nas criptomoedas.
Agora, dez anos depois, Pal acredita que os EUA aprenderão a mesma lição conforme a crise bancária se estende pelo país. Ou seja, isso pode gerar uma nova onda de interesse por ativos que não sejam auto-mutilados pela inflação.
Segundo o investidor, o Bitcoin corrige este problema. No entanto, é difícil acreditar que governos tenham essa mesma opinião e abandonem o controle econômico que possuem sobre seus cidadãos.
Raoul Pal conta como entrou no Bitcoin
Em 2013, o Bitcoin passava pelo seu primeiro grande ciclo de alta, ultrapassando os US$ 1.000 pela primeira vez em sua história e atraindo a curiosidade tanto de pessoas comuns quanto de profissionais da economia.
Raoul Pal foi um destes gigantes fisgados pela matemática do Bitcoin. Através de suas redes sociais, o ex-Goldman Sachs contou como conheceu o setor, afirmando que agora é a vez dos EUA entenderem este sistema.
“Entrei no Bitcoin pela primeira vez em 2013, depois de ter vivido a crise bancária e soberana da UE e perceber que “dinheiro” não é um ativo ao portador e você não o possui”, contou Raoul Pal, CEO da Real Vision. “Para mim, as criptomoedas eram um novo sistema financeiro, pois o antigo estava saturado de dívidas e totalmente quebrado.”
“Agora é a vez dos EUA aprenderem a mesma lição.”
I first got into Bitcoin in 2013 after having lived through the EU banks and sovereign crisis and realising that "money" is not a bearer asset and you don't own it.
Crypto to me was a new financial system as the old one was over-saturated with debt and totally broken.
Now it is…
— Raoul Pal (@RaoulGMI) May 3, 2023
Seguindo com seu comentário sobre a atual situação da economia americana, Pal afirma que os depositantes serão protegidos, mas que para isso os EUA precisarão desvalorizar a sua moeda. Em outras palavras, não há uma saída economicamente saudável para este problema.
“O Bitcoin corrige isso, literalmente”, finalizou.
Bitcoin ignora Fed e sequência da crise bancária americana continua impulsionando alta
Nesta quarta-feira (3), o Banco Central dos EUA optou por um novo aumento na taxa de juros, de 0,25%. No entanto, a decisão do Fed continua pressionando o setor bancário.
Após a quebra do First Republic Bank, agora outros bancos regionais apresentam sinais de alerta. As ações do PacWest, por exemplo, caíram 51% nas últimas 24 horas, mas não é o único.
Como notado por Raoul Pal e outros traders experientes como Arthur Hayes, o governo continuará salvando os depositantes em caso de mais quebras. No entanto, isso significa que a impressora de dinheiro vai fazer barulho.
Portanto, enquanto o Fed tenta controlar a inflação de um lado ao elevar os juros, a quebradeira dos bancos fará com que mais dinheiro entre na economia. Um beco cuja única saída é o Bitcoin.