Exigindo R$ 300 mil em bitcoin, barbeiro detona bomba caseira em supermercado

Criminoso exigia o pagamento em bitcoin para não explodir supermercados. Criança de 7 anos e mais um adulto ficaram gravemente feridos. Outras pessoas também se machucaram, mas com gravidades menores.

Um barbeiro foi preso pela polícia civil do Mato Grosso, suspeito de ser o responsável pela detonação de uma bomba caseira em um supermercado, após tentativa de extorquir o dono do estabelecimento, mediante o pagamento em bitcoin.

Ele esperava receber R$ 300 mil como pagamento, e deu ao dono do supermercado o limite até a tarde do último dia 4 de abril. Como o dono do estabelecimento não deu muita atenção, uma bomba caseira acabou detonada em uma loja, ferindo duas pessoas, sendo uma delas uma criança de sete anos.

Na última quarta-feira (12), a Polícia Civil cumpriu mandados contra o suspeito em sua residência, onde foram encontradas mais provas de seu envolvimento com a explosão. Entre eles, foram apreendidos objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, motocicleta e outros objetos usados no crime.

Barbeiro planejava extorquir “quem tem dinheiro”, pedindo bitcoin como pagamento

O caso ocorrido em Rondonópolis marcou a cidade, de 239 mil habitantes, segundo o IBGE com dados de 2021. Isso porque, o crime feriu gravemente uma criança de sete anos e outra pessoa, além de lesões menores em outros clientes.

De acordo com o governo do Mato Grosso do Sul, o crime começou no início do dia 4 de abril, por volta das 8:30 horas. Naquele momento, o serviço de atendimento ao consumidor de uma rede de supermercados de Rondonópolis recebeu mensagens por aplicativo de uma pessoa que se dizia ser ‘membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência’ exigindo o pagamento de R$ 300 mil em Bitcoin, sob pena de um ataque contra as lojas da empresa.

No mesmo dia, por volta das 18 horas, em uma das lojas da rede, localizada no bairro Vila Operária, houve a detonação de um artefato explosivo.

Após a detonação, o autor da mensagem fez novo contato com o atendimento ao consumidor da empresa exigindo, novamente, o pagamento sob pena de um novo ataque.

Artefatos para produção de bombas caseiras apreendidas pela Polícia Civil do Mato Grosso
Artefatos para produção de bombas caseiras apreendidas pela Polícia Civil do Mato Grosso. Crédito: PCMT.

Acionada, a Polícia Civil orientou que a loja fechasse todas as suas unidades imediatamente, como prevenção a novos incidentes. Em outra loja, foi encontrada outra bomba caseira ainda não detonada e os agentes conseguiram realizar sua desativação.

A bomba caseira, contudo, se mostrou sofisticada, com acionamento à distância e de alta periculosidade.

Barbeiro de 33 anos não tinha passagens pela polícia

O autor é barbeiro, com 33 anos, e não possuía passagens policiais, mas confessou a autoria do crime. Conforme a apuração da Polícia Civil, ele planejou meticulosamente o crime e deu detalhes sobre a execução.

A investigação apontou que, em outubro de 2022, ele deu início ao projeto, com a compra de equipamentos para as bombas, escolha da vítima e planejamento operacional, como o estudo de câmeras de segurança e rotas de fuga.

Equipamentos apreendidos pela PCMT na casa de barbeiro
Equipamentos apreendidos pela PCMT na casa de barbeiro.

Identificado publicamente apenas por suas iniciais, R.M.D.O, ele confessou que plantou as bombas nos supermercados no dia 31 de março de 2022.

Preso, homem estuda bombas caseiras há 15 anos e planejava utilizar mixer de bitcoin para dificultar rastreio

Após ser preso, o homem que agiu sozinho, sendo o caso isolado, confessou todo o crime e disse em detalhes sobre o seu plano de ação.

Para a polícia civil, ele confessou até que estudou por 15 anos a produção de bombas caseiras. Assim, em 2022, ele bolou um plano de causar danos para quem tem muito dinheiro, sendo que a rede de supermercados veio a sua mente pelo grande movimento no local. Ele imaginou que como muitas pessoas visitam as lojas, ele poderia facilmente se infiltrar no local e plantar suas bombas.

As duas bombas foram plantadas no dia 31 de março com 30 minutos de diferença nas duas lojas. Após a detonação, ele planejava receber R$ 300 mil em bitcoin na carteira definida por ele e depois enviar os valores para mixers, para dificultar o rastreio dos valores por autoridades.

Para a polícia, ele disse que detonou a bomba no supermercado, após parar a moto a 60 metros de distância do local. Segundo as autoridades, ele alegou que após ver a primeira explosão, o barbeiro já não tinha mais intenção de explodir a segunda bomba. Mesmo assim, ele seguiu com os planos de extorsão e agora responderá pelos crimes.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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