Falsas corretoras de criptomoedas atacam vítimas, diz ESET

Crime se espalha pela internet e usuários devem tomar cuidado.

Falsas corretoras de criptomoedas tem chamado atenção de especialistas de segurança da ESET, que observaram vários ataques a vítimas. E vários destes golpes estão sendo divulgados por WhatsApp, segundo a empresa de segurança, por números falsos de contato.

Atualmente, segundo a Triple A, são 10 milhões de investidores de criptomoedas no Brasil. Ou seja, com um número alto de pessoas envolvidas com o mercado, muitos estão procurando conhecer e se expor a inovação financeira.

Contudo, como é uma tecnologia nova, há espaço para que golpistas explorem esse interesse em busca de obterem retornos com golpes. Dessa forma, além de estudar sobre a tecnologia, os investidores devem estar atentos a falsas promessas e links suspeitos.

Falsas corretoras de criptomoedas se multiplicam, diz ESET

Corretoras, ou exchanges em inglês, são plataformas que permitem a interessados em comprar e vender criptomoedas um acesso mais fácil a prática, ao fornecer liquidez nas negociações.

Mas a ESET descobriu que falsas corretoras de criptomoedas estão sendo criadas no mercado, sendo uma delas a Mak88. A plataforma tem sido apresentada via WhatsApp e Twitter aos investidores, através de links suspeitos que chegam em mensagens de contatos desconhecidos.

Mensagem recebida pelo WhatsApp com proposta de investimentos em criptomoedas
Mensagem recebida pelo WhatsApp com proposta de investimentos em criptomoedas. Reprodução

Ao entrar no link fornecido pelos números falsos, as vítimas são informadas que a plataforma tem $1.034.521,04 USDT para negociações, um valor alto que supostamente daria lastro às operações. Parte do conteúdo da página está em português, ou seja, busca captar brasileiros.

Falsa corretora de criptomoedas descoberta por especialistas brasileiros
Falsa corretora de criptomoedas descoberta por especialistas brasileiros. Reprodução

A vítima chega a ganhar tokens próprios da plataforma, que é uma medida que os criminosos criaram para convencer a vítima de realizar o cadastro na falsa corretora de criptomoedas. Nessa etapa, vários dados pessoais são coletados da vítima, que amplia o perigo do golpe.

Segundo a ESET, o golpe utiliza muita engenharia social ao convencer as vítimas de clicarem em links, fornecerem dados e até comprarem pacotes de investimentos, mas tudo isso não passa de um golpe de uma das falsas corretoras de criptomoedas que foi descoberta.

Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET, explica que um dos detalhes a serem identificados é justamente o cadeado de segurança desses falsos sites.

“Verificamos os detalhes do link enviado pelos golpistas e constatamos que, mesmo contando com um cadeado de segurança, o domínio utilizado por esses sites não é conhecido e que o certificado digital informa que a página foi criada um dia antes do envio da mensagem no WhatsApp. Este é um dos primeiros sinais de que se trata de um golpe.”

Criptomoedas fraudulentas também são comuns

E os investidores também devem se preocupar com outra possibilidade, as criptomoedas falsas, que são criadas diariamente no mercado.

Alguns dos golpes mais famosos levam o nome do ‘Bitcoin’, como “Bitcoin Loophole”, “Bitcoin Revolution”, “Bitcoin Code”, entre outros mais que tem falsas páginas espalhadas pela internet, muitas vezes com uso da imagem de famosos.

Investir e comprar bitcoin não é uma tarefa complicada, mas caso o investidor procure esquemas que prometem ganhos rápidos, é possível cair em fraudes financeiras. Esquemas pela internet são ainda mais complicados de serem pegos, visto que muitos não são criados do Brasil.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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