Com as recentes altas do Bitcoin e outras criptomoedas, várias empresas estão contratando influenciadores para promover seus negócios no setor. O grande problema é que essa parceria pode ser feita de forma oculta, bem como enganar quem possui menos conhecimento.
Por conta disso, a França criou uma força-tarefa para combater este tipo de promoção. A equipe conta com agentes de duas agências francesas ligadas a defesa do consumidor e ao mercado financeiro.
Como exemplo podemos citar o caso de Kim Kardashian que, após promover uma criptomoeda suspeita, entrou na mira das autoridades do Reino Unido. Como você pode imaginar, a criptomoeda despencou e deixou muitos no prejuízo.
Foco nos influenciadores de criptomoedas
Cheios de seguidores, muitos deles sem conhecimento nenhum sobre o mercado financeiro, as redes sociais dos influenciadores são a receita pronta para promover golpes, seja de criptomoedas ou de serviços ao seu redor.
Promessas de lucro rápido, relatórios passados que não têm ligação nenhuma com o futuro, parcerias ocultas e ligações inexistentes são as principais iscas destas promoções.
“Os participantes de reality shows geralmente promovem criptomoedas e produtos financeiros altamente voláteis, que são muito difíceis para os novatos anteciparem as flutuações”
A frase acima é do DGCCRF, órgão francês responsável pela defesa do consumidor e prevenção de fraudes.
Ou seja, enquanto os influenciadores ganham milhares de reais devido aos seus números de seguidores, estes últimos são os únicos que correm riscos. Afinal, a vida destes influenciadores continuará normal, mesmo se suas postagens fizerem alguém perder tudo que tem.
Influenciadores aproveitam falta de conhecimento sobre o mercado
Conforme publicado pelo Le Monde, a Autoridade de Mercados Financeiros (AMF) da França acredita que o maior perigo é a falta de conhecimento entre os jovens. Em outras palavras, eles pensam ser um negócio seguro, porém há muitos riscos.
“As redes sociais e influenciadores são a nova porta de entrada que surgiu nos últimos anos. Desta forma, o alvo é um público mais jovem, com formação mais modesta, especialmente em trading.”
Com isso, o foco desta nova força-tarefa é repreender estes influenciadores de criptomoedas que promovem tais conteúdos. O Le Monde também destacou o caso da influenciadora Nabilla Benattia-Vergara, condenada a pagar uma multa de 20.000 euros por promover, de forma oculta, uma exchange de Bitcoin nebulosa.
Já no Brasil, tudo ainda parece um velho oeste quando o assunto é proteger o consumidor. Recentemente, o influencer Diego Aguiar foi acusado pela comunidade de manipular um jogo de criptomoedas, que praticamente morreu após o episódio.
Caso você não queira cair em golpes como o CryptoEats, é recomendável que você faça as suas próprias pesquisas, investindo neste mercado apenas quando sentir-se confortável para tomar decisões por conta própria.