Novo fundo criou escritório no Brasil (Foto/Reprodução)
A Credit Saison, uma das maiores companhias financeiras não bancárias do Japão e listada na Bolsa de Valores de Tóquio, lança a Onigiri Capital por meio de seu braço de corporate venture, a Saison Capital.
A Onigiri Capital é um fundo de investimento em blockchain de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões na cotação atual), voltado para startups de blockchain no setor financeiro.
Até o momento, já foram comprometidos US$ 35 milhões (R$ 190 milhões) por instituições financeiras da Ásia e dos Estados Unidos.
A Credit Saison, que estabeleceu um escritório em São Paulo, concede crédito a pessoas físicas e PMEs historicamente com acesso limitado a serviços financeiros, em parceria com originadores de crédito inovadores e fintechs habilitadas por tecnologia.
A Onigiri Capital surge em um momento em que o Brasil consolida seu papel como hub de inovação em blockchain, impulsionado por iniciativas como o Drex e por um ambiente regulatório mais claro.
Seu objetivo é apoiar startups brasileiras e latino-americanas que buscam acesso a mercados asiáticos avançados, com foco em áreas como pagamentos, stablecoins, ativos tokenizados e finanças descentralizadas (DeFi).
“Nossa visão é oferecer a fundadores brasileiros e latino-americanos a oportunidade de escalar soluções financeiras em mercados avançados, com acesso direto à Ásia — um dos centros globais de inovação em blockchain“, disse Qin En Looi, sócio da Saison Capital e Managing Partner da Onigiri Capital. Looi, que lidera os investimentos em blockchain no braço de venture da Credit Saison, já esteve envolvido em mais de 50 projetos no setor.
“A confiança no blockchain exige validação externa e um histórico comprovado“, afirma Hans de Back, Managing Partner da Onigiri Capital. “Estamos aqui para complementar os investidores de produto já existentes, oferecendo aos fundadores o melhor dos dois mundos — a inovação da América Latina combinada com a validação institucional da Ásia — e fornecer a expertise necessária para originar soluções de alta qualidade que atendam aos padrões institucionais das finanças globais.”
“A América Latina se tornou um hub essencial de inovação financeira, e é por isso que é tão importante que a Onigiri Capital seja lançada com uma visão que conecta a região à Ásia“, disse Raja Chakravorti, Chief Business Officer da Stellar Development Foundation. “A Stellar Development Foundation tem orgulho em apoiar a Onigiri Capital no fortalecimento da próxima geração de fundadores latino-americanos que estão construindo soluções financeiras aplicáveis ao mundo real.”
A Stellar Development Foundation é sócia estratégica (cornerstone limited partner) da Onigiri Capital, com valor de mercado de US$ 11 bilhões e reconhecida por instituições financeiras como a Franklin Templeton.
O anúncio da Onigiri Capital coincide com o Stellar Meridian 2025, a conferência global da Stellar — realizada pela primeira vez na América Latina, no Rio de Janeiro —, reforçando a crescente importância do Brasil no cenário global de blockchain.
O nome do fundo faz referência ao onigiri, o bolinho de arroz japonês em formato triangular, e reflete os três pilares centrais da gestora: foco em investimentos de aplicação prática em pagamentos, stablecoins, DeFi e infraestrutura; atuação como porta de entrada para a Ásia em colaboração com reguladores e instituições locais; e credibilidade institucional, respaldada por investidores financeiros de destaque na região, que oferecem capital, expertise e rede de contatos para startups.
A Onigiri Capital também desempenha um papel ativo no avanço dos debates estratégicos sobre blockchain e tokenização de ativos do mundo real.
A gestora organiza a ONCHAIN, a primeira conferência da Ásia dedicada a Real World Assets (RWAs) — como imóveis, títulos públicos e crédito privado.
O evento reúne instituições financeiras, reguladores e fundadores, e se consolidou como um fórum essencial para discutir padrões regulatórios, tendências de mercado e oportunidades de crescimento — fortalecendo o papel do fundo como ponte entre startups latino-americanas e mercados asiáticos avançados.
Comentários