O Grupo dos Sete (G7), que reúne os países mais ricos, emitiu um comunicado contra a Rússia na última sexta-feira (11), reafirmando que as criptomoedas fazem parte das sanções.
O G7 é formado pelos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá, sendo que ocasionalmente se reúne como G8, contando assim com a presença da Rússia. Contudo, esse último deverá demorar mais a se reunir com os recentes problemas.
E esse grupo observa a invasão feita pela Rússia na Ucrânia com atenção, chamando o caso de guerra injustificada que está levando sofrimento para população ucraniana.
Banir as transações com criptomoedas, nenhum país consegue fazer isso devido ao caráter descentralizado da tecnologia. Contudo, corretoras banir clientes russos e suas transações, isso é totalmente possível e tem ocorrido nas últimas semanas, após a Rússia invadir a Ucrânia.
Na última sexta, o grupo publicou um release, compartilhado também pela Casa Branca dos Estados Unidos, dizendo que o apoio ao governo e povo da Ucrânia continua, chamando o caso de agressão militar de Vladimir Putin.
E na carta pública, o G7 pede que Putin envie ajuda humanitária a população em necessidade e permita que civis saiam do país. Ajuda humanitária, financeira e médica aos refugiados foi prometido pelos países do bloco.
Além disso, foram divulgados sete medidas contra a Rússia que serão feitas pelo G7, sendo a primeira a tomada de medidas para negar a Rússia o status de nação mais favorecida. Em segundo lugar, garantir que a Rússia não consiga mais obter financiamento fácil, seja no FMI, Banco Mundial, entre outros.
A terceira medida busca garantir que elites russas sejam pressionadas, principalmente os mais próximos de Putin. E no quarto ponto, o G7 mencionou as criptomoedas, informando que essa tecnologia faz parte das sanções contra a Rússia, que deverá ter todas as lacunas de apoio financeiro fechadas.
“Quarto, comprometemo-nos a manter a eficácia das nossas medidas restritivas, a reprimir a evasão e a fechar as lacunas. Especificamente, além de outras medidas planejadas para evitar a evasão, garantiremos que o estado russo e as elites, procuradores e oligarcas não possam alavancar ativos digitais como meio de evitar ou compensar o impacto das sanções internacionais, o que limitará ainda mais seu acesso ao sistema financeiro mundial. É comumente entendido que nossas sanções atuais já cobrem criptoativos. Comprometemo-nos a tomar medidas para melhor detectar e interditar qualquer atividade ilícita e impor custos aos atores russos ilícitos que usam ativos digitais para aprimorar e transferir sua riqueza, de acordo com nossos processos nacionais.”
Com o conflito na Ucrânia chamando atenção para o tema das criptomoedas em todo mundo, vários países como Estados Unidos e da Europa já declararam que o setor será regulado.
Nos EUA, inclusive, o termo risco aparece 47 vezes na ordem executiva sobre criptomoedas de Joe Biden, divulgada nos últimos dias.
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