Gigante das criptomoedas revela prejuízo de R$ 5.7 bilhões

Outras empresas administradas pelo DCG são a Grayscale, conhecida pelo fundo GBTC, e a Genesis, que declarou falência no início deste ano após dar um calote nos gêmeos Winklevoss, que prometeram processar o grupo.

A Digital Currency Group (DCG), uma das maiores empresas do mercado de criptomoedas, teve um prejuízo de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,72) no ano de 2022. A informação foi publicada nesta segunda-feira (27) pelo CoinDesk, portal de notícias vinculado ao próprio DCG.

Em janeiro, a subsidiária revelou que estaria em busca de compradores em meio a crise do império de Barry Silbert.

Outras empresas administradas pelo DCG são a Grayscale, conhecida pelo fundo GBTC, e a Genesis, que declarou falência no início deste ano após dar um calote nos gêmeos Winklevoss, que prometeram processar o grupo.

Prejuízo bilionário expõe a crise do DCG

Em suma, um porta-voz do Digital Currency Group (DCG) revelou ao CoinDesk que o prejuízo anual de US$ 1,1 bilhão possui relação com a queda do Bitcoin e outras criptomoedas. Além disso, o calote da Three Arrows Capital (3AC), uma das primeiras peças a cair e iniciar um longo efeito-dominó de falências, teria sido outro motivo.

Seguindo, um relatório aponta que o DCG possuía US$ 5,3 bilhões (R$ 27,6 bi) no encerramento do ano passado. Destes, US$ 262 milhões (1,36 bi) estariam em dinheiro ou equivalentes. Já outros US$ 670 milhões (R$ 3,5 bi) estariam em investimentos, incluindo em sua própria subsidiária, a Grayscale. O restante do montante estaria sob cuidados da Grayscale e da Foundry.

De qualquer forma, o prejuízo de US$ 1,1 bilhão e, sobretudo, a manobra econômica entre o DCG e sua filial, mostram que a situação da gigante não é tão favorável. Além disso, até mesmo a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, está investigando a Genesis, o que pode causar mais problemas para Silbert.

Efeito dominó das criptomoedas

Como explicado pelo próprio porta-voz do DCG, um dos maiores motivos do prejuízo bilionário da gigante em 2022 foi o calote da Three Arrows Capital. Portanto, isso ilustra o perigo do contágio no mercado de criptomoedas.

Outro exemplo deste efeito dominó foi a falência da FTX. Em documento publicado no início deste ano, a corretora precisou de 116 páginas para listar todos seus credores, que incluia empresas de tecnologia, mídia e outras corretoras, mas sem revelar valores.

Portanto, o mercado de criptomoedas deve aprender com erros de 2022 caso queira ser mais sólido. Caso contrário, sobrarão poucas peças em pé nesta mesa e a indústria ficará cada vez mais frágil.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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