O Goldman Sachs, um dos maiores bancos do mundo, está criando um sistema de classificação de criptomoedas chamado Datonomy. O novo serviço é uma parceria com a Coin Metrics e a MSCI, dois gigantes do setor de dados.
Segundo reportagem da CNBC, primeira a revelar os planos do grupo, a intenção do sistema é ajudar investidores institucionais. Ou seja, será uma forma de dividir o setor das criptomoedas em grupos e subgrupos.
Uma captura de tela mostra alguns detalhes do Datonomy. Como exemplo, podemos ver criptomoedas ligadas ao metaverso, DeFi, blockchains inteligentes, entre outras tantas.
Outra vantagem do serviço será a possibilidade de comparar o desempenho de dois ou mais setores.
Ainda na prévia compartilhada pela CNBC é possível ver a queda do setor de metaverso enquanto moedas ligadas a serviços de mídia apresentaram valorização nos últimos 30 dias. Sendo assim, investidores poderão ter uma visão geral do mercado.
“O ecossistema de ativos digitais realmente se expandiu nos últimos dois anos”, disse Anne Marie Darling, chefe de estratégia de clientes da plataforma Goldman’s Marquee, à CNBC. “Estamos tentando criar uma estrutura para o ecossistema de ativos digitais que nossos clientes possam entender, porque eles precisam cada vez mais pensar em rastreamento de desempenho e gerenciamento de riscos em ativos digitais.”
Ideia é antiga, mas ganha força com entrada do Goldman Sachs
Após a criação do Bitcoin em 2009, milhares de criptomoedas surgiram nos anos seguintes, incluindo setores excêntricos, como NFTs e metaverso. Devido a esta proliferação, alguns já tentaram dividir as criptomoedas em grupos.
Notavelmente, podemos citar a criatividade de alguns usuários na criação de uma tabela periódica que divide as principais criptomoedas por grupos. Estes variam de criptomoedas privadas até plataformas.
Criada provavelmente em 2017 ou 2018, também chama atenção que muitos destes projetos acabaram morrendo ou perdendo toda sua força, mesmo com tantas promessas.
Além disso, outros sites como CoinMarketCap e CoinGecko também já separam criptomoedas por setor. Entretanto, a principal diferença entre eles e o novo serviço do Goldman Sachs parece estar relacionado ao público alvo, ou seja, os investidores institucionais.
“Organizamos de uma maneira intuitiva que deve ajudar os gestores de ativos a entrar nessa classe de ativos de uma maneira muito mais padronizada”, disse Tim Rice da Coin Metrics à CNBC. “Esta é a próxima fase de alinhar os fundamentos da indústria para que todos possam adotá-la e possamos descobrir qual é o próximo movimento direcional no mercado”.