Segundo um estudo revelado pela Chainalysis, os golpes com bitcoin caíram em 2022, na comparação com 2021. Ainda assim, ataques hackers seguem buscando mais vítimas e deixando problemas para investidores.
Nesta terça-feira (16), a empresa que estuda e monitora o mercado lançou seu estudo anual chamado “Atualização de meio de ano sobre crimes cripto: atividade ilícita cai com o restante do mercado, com algumas exceções notáveis“.
Fica claro assim que o preço do bitcoin em queda pode ter afetado a atividade criminosa contra investidores. De qualquer forma, alguns ataques pontuais ainda são relevantes e seguem sendo um problema nos primeiros meses de 2022.
Golpes com bitcoin caem em 2022
Acompanhando a atividade criminosa com criptomoedas há alguns anos, a Chainalysis divulgou nesta terça seu estudo de meio de ano sobre o assunto.
Com um preço em alta do bitcoin, os anos de 2020 e 2021 registraram muitos problemas para investidores, que caíram em golpes.
No entanto, com a queda dos últimos meses, os dados analisados pela empresa mostram que os golpes caem em 2022, mostrando que investidores de bitcoin não encontram muitas fraudes nos primeiros seis meses.
Chama atenção que ainda que os golpes existam, os números podem ficar abaixo do visto em 2019, mostrando que nos últimos 4 anos, 2022 é um “ano mais seguro” para quem detém bitcoin.
De acordo com o estudo, a queda nos golpes parece estar ligada a baixa do bitcoin.
“A receita total de golpes para 2022 atualmente é de US$ 1,6 bilhão, 65% menor do que era até o final de julho de 2021, e esse declínio parece estar ligado ao declínio dos preços em diferentes moedas.”
Além disso, nenhum golpe identificado em 2022 ficou famoso como PlusToken e Finiko, por exemplo, problemas vistos nos últimos anos.
Ataques hackers seguem em alta
Apesar dos golpes contra investidores do bitcoin registrarem queda em 2022, os ataques hackers contra essas pessoas não estão seguindo pelo mesmo caminho.
Isso porque, na comparação com 2021, os ataques hackers registrados em 2022 são maiores. Entre os principais alvos, estão soluções DeFi que despertam interesse de investidores.
“Até julho de 2022, US$ 1,9 bilhão em criptomoedas foram roubados em hacks de serviços, em comparação com pouco menos de US$ 1,2 bilhão no mesmo ponto em 2021. Essa tendência não parece destinada a reverter tão cedo, com um hack de US$ 190 milhões -chain bridge Nomad e hack de US$ 5 milhões de várias carteiras Solana já ocorrendo na primeira semana de agosto (nenhuma delas está representada no gráfico acima, pois escolhemos 31 de julho como nosso ponto de corte).”
Em resumo, o preço em baixa do bitcoin e demais criptomoedas desencorajou a atividade criminosa.
Contudo, ela não foi totalmente embora e segue buscando lucrar em algum nível, devendo investidores se manterem atentos.