Em nota publicada nesta quinta-feira (21), o Google Cloud anunciou a adição de 11 criptomoedas no BigQuery, um serviço de análise de dados em nuvem. Indo além, a gigante também afirmou que está realizando melhorias em seu sistema.
As primeiras criptomoedas adotadas pelo serviço do Google foram o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), ainda em 2018. Segundo a gigante da tecnologia, a proposta era “democratizar os dados de blockchain”.
Já em 2019, o Google expandiu seus serviços, oferecendo acesso a dados de outras 6 criptomoedas: Bitcoin Cash (BCH), Dash (DASH), Dogecoin (DOGE), Ethereum Classic (ETC), Litecoin (LTC) e Zcash (ZEC).
Das 11 novas blockchains adicionadas no BigQuery, duas delas são redes de teste (testnet), usadas geralmente por desenvolvedores. As outras nove estão relacionadas às redes principais dessas criptomoedas. A lista é a seguinte:
“Estamos fazendo isso porque as fundações de blockchain, empresas de análise de Web3, parceiros, desenvolvedores e clientes nos dizem que desejam uma visão mais abrangente de todo o cenário cripto e consultar mais chains.”
“Eles querem responder a perguntas complexas e verificar afirmações subjetivas”, continua o Google, citando dados sobre cunhagem de NFTs, taxas de transação e número de carteiras nas principais criptomoedas. “Ter uma lista mais robusta de chain acessíveis através do BigQuery e novas maneiras de acessar dados ajudará a comunidade da Web3 a responder melhor a essas e outras perguntas, sem a sobrecarga de operação de nós ou manutenção de um indexador.”
Dado isso, além das criptomoedas principais, os usuários do Google também poderão ter acesso a informações sobre NFTs, tokens (incluindo stablecoins) em diversas blockchains. Outra adição foram os Ordinals do Bitcoin.
O BigQuery funciona basicamente como um explorador de blocos fornecido por outros sites, permitindo consulta de saldos e dados de transações de carteiras. No entanto, o serviço do Google também permite uma análise mais avançada dos dados.
Como exemplo, o Google Cloud aponta que os usuários podem obter informações sobre quantas transações de ETH estão sendo executadas diariamente nos últimos 7 dias. Após a definição das métricas, o serviço rapidamente fornece o resultado, que também pode ser comparado com outros dados.
“Nos resultados acima você pode ver como o uso do conjunto de dados do Google é mais rápido e consome menos slot time, ao mesmo tempo que permanece competitivo em termos de bytes processados.”
Dentre outros exemplos, o Google aponta que o serviço também consegue gerar gráficos sobre histórico de taxas da rede e ligações entre endereços, dentre outros tantos casos de uso.
Por fim, o Google tem se mostrado um grande apoiador das criptomoedas. Dados de 2022 apontam que a Alphabet (dona do Google) investiu R$ 7,7 bilhões em empresas de criptomoedas.
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