A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com sede no Rio de Janeiro, é uma empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC). Através dessa organização, o governo brasileiro apoiou uma startup que trabalha, entre outras, com a tecnologia blockchain.
O conceito de blockchain surgiu há vários anos, mas ganhou forma com o Bitcoin, em 2009. Conhecida também como “protocolo de confiança”, a blockchain permite que registros sejam armazenados de maneira distribuída.
As principais características da blockchain são imutabilidade e transparência, fazendo com que essa tecnologia seja alvo de muito interesse por empresas hoje. O governo brasileiro tem olhado com carinho para o tema, que foi implementado dentro das estratégias do chamado Governo Digital.
Entre os vários programas, a Finep tem um voltado para empreendedoras que ocupam cargos de liderança em startups. Chamado de Programa Mulheres Inovadoras, a iniciativa é apoiada pelo MCTIC, Finep e Prefeitura de São Paulo.
“O Programa Mulheres Inovadoras foi criado para estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional por meio da capacitação e do reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o incremento da competitividade brasileira.”
Dessa forma, uma das empresas a participar da iniciativa foi a Agryo, que tem como Co-fundadora e Chefe de Operações, Leisy Teixeira. A Agryo foi uma das 21 startups selecionadas no programa, de acordo com a Finep.
A experiência em participar do programa, segundo sua cofundadora, foi muito positiva para a Agryo. Leisy citou que durante sua participação no projeto, pode melhorar sua comunicação e explorar novas possibilidades de negócios.
O modelo de negócios da Agryo consiste em avaliar a concessão de crédito rural para produtores. Dessa forma, a empresa espera que impactos, como a inclusão financeira do produtor, por exemplo, seja uma realidade. A solução também poderia ajudar até na preservação do meio ambiente.
Para resolver todos esses problemas, a Agryo tem uma modelo tecnológico próprio, e conta com uma equipe especializada. Entre as ferramentas utilizadas estão a tecnologia blockchain, machine learning, imagens de satélites profissionais e um modelo matemático preditivo, entre outros. A Agryo também é parceira da Hedera Hashgraph (HBAR), que criou uma “blockchain alternativa”.
Para suprir essa necessidade, Agryo desenvolveu um sistema simplificado e sem burocracia que reúne monitoramento de contratos, detecção de fraudes e inteligência de risco para possíveis investidores, como bancos e seguradoras agrícolas. As atividades servem como garantia de negócio, facilitando o oferecimento de produtos de qualidade e permitindo a criação de um perfil de crédito para os produtores. Desta forma, eles conseguem ter acesso ao capital tão necessário para suas operações.
O caso, por fim, mostra o interesse do governo nas aplicações que têm utilizado a tecnologia blockchain no Brasil. Em meio a pandemia, a digitalização de fato segue em alta, com empresas se mobilizando para encontrar oportunidades de inovação, em todos os campos. A Finep já havia lançado um programa de governo buscando inovações com blockchain, em 2019.
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