O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou os dados dos “Programas Prioritários de Interesse (PPI) – Sua importância e resultados para o Brasil” do governo Lula, na quarta-feira (30).
Em Brasília o evento contou com a apresentação de resultados, ampliação da transparência e fortalecimento do diálogo entre governo, academia, setor produtivo e sociedade civil em torno da política pública de fomento à inovação.
Logo na abertura, a ministra Luciana Santos destacou que os Programas Prioritários de Interesse “mobilizaram investimentos superiores a R$ 1,2 bilhão, apoiando projetos transformadores em áreas como microeletrônica, inteligência artificial, computação quântica, internet das coisas, mobilidade elétrica e manufatura avançada“.
Ela ressaltou ainda o papel dos PPIs como instrumentos estruturantes da política pública de ciência, tecnologia e inovação, alinhados à Estratégia Nacional de CT&I.
Secretário do MCTI indica investimento do governo até na tecnologia blockchain
A abertura contou com a participação da ministra Luciana Santos, do secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital, Henrique Miguel, além de Álvaro Prata, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), Lisandro Granville, diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), e Ruben Delgado, presidente da Associação para Promoção da Softex (Softex).
O secretário Henrique Miguel destacou a evolução e o amadurecimento dos Programas como mecanismo de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação por parte das empresas habilitadas na Lei de Informática.
“Estamos falando de um instrumento que, ao longo dos anos, alcançou resultados significativos e que hoje permite a continuidade de ações estruturantes, com maior visibilidade e impacto no país“, afirmou.
Ele também abordou o novo marco regulatório que aperfeiçoa o funcionamento dos PPIs. “Trabalhamos intensamente, com apoio de representantes de associações, empresas, instituições de ensino e pesquisa, para aprimorar esse instrumento. A nova portaria oferece mais clareza e segurança jurídica para os investimentos em áreas como segurança cibernética, tecnologias quânticas, inteligência artificial, semicondutores, blockchain e capacitação de profissionais“, explicou.
Coordenado pela Softex, com execução da RNP e do CPQD, o projeto ILIADA desenvolve um ecossistema nacional de blockchain, com 23 universidades, 100 bolsas de pesquisa e cinco startups envolvidas.
A iniciativa inclui a criação de ferramentas como o Easy Ledger e o Observatório Nacional de Blockchain.
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O presidente da Softex, Ruben Delgado, celebrou o trabalho conjunto das instituições coordenadoras e defendeu mais visibilidade aos resultados. “Temos muito orgulho dos projetos em andamento, como o desenvolvimento de um tomógrafo baseado em fotônica de baixo custo, que terá grande impacto para a saúde no país“, destacou.
Delgado enfatizou a importância da capacitação promovida pelo programa, citando a meta de formar 100 mil pessoas. “Estamos atuando em toda a pirâmide, do topo ao acesso inicial, com projetos como o Hackers do Bem e ações voltadas à base de formação“, complementou. Matéria com informações do MCTI e RNP.