O Inferno Drainer, um serviço que fornece ferramentas para o roubo de criptomoedas, anunciou o retorno de suas atividades. Na captura de tela, os hackers afirmam que estão com “novas maneiras de trabalhar”, podendo ser uma ameaça maior ao mercado.
O retorno do grupo acontece após um de seus maiores rivais, o Pink Drainer, encerrar suas atividades. No anúncio de ‘aposentadoria’, os hackers afirmaram que seus clientes migrariam para outros serviços tão rápido quanto migraram para eles após a saída de outro rival, o Monkey Drainer.
Segundo a Chainalysis, empresa de segurança, esses tipos de ataques que drenam carteiras de criptomoedas estão cada vez mais populares no mercado. No entanto, nem mesmo eles conseguiram apontar para a cifra total envolvida nesses golpes, já que muitas perdas não são informadas.
Hackers retornam atividade após aposentadoria de concorrentes
Conforme esse tipo de golpe parece muito lucrativo, o espaço deixado pela saída do Pink Drainer levou poucos dias para ser preenchido por outro grupo. Em captura de tela publicada por Plum, especialista em segurança, os hackers da Inferno Drainer destacam que essa foi a motivação do seu retorno.
“O Inferno Drainer está abrindo suas portas ao público novamente”, inicia o comunicado. “Tomamos essa decisão após o desligamento de um de nossos maiores competidores.”
Segundo o texto, o grupo roubou mais de US$ 250 milhões (R$ 1,28 bilhão) em criptomoedas, sendo US$ 125 milhões durante o período de 6 meses em que operaram de maneira privada.
O retorno do Inferno Drainer promete ser ainda mais perigoso para o mercado. Isso porque o grupo afirma estar “melhor do que nunca”, com “novos funcionários, novas maneiras de trabalhar, novo suporte e novos recursos”.
Como funcionam esses serviços?
Em suma, esses hackers fornecem ferramentas prontas para outros usuários aplicarem os golpes. No final do dia, ambos recebem uma parte das criptomoedas roubadas em caso de sucesso.
Além de cópias de páginas famosas nas redes sociais, os clientes desses drainers também criam sites falsos. O intuito é enganar as vítimas para conectarem suas carteiras a esses sites, permitindo que os hackers drenem quaisquer criptomoedas e tokens contidos nelas.
No texto publicado pelo Inferno Drainer, o grupo afirma que sua ferramenta funciona em 28 redes diferentes, incluindo Ethereum, BSC e outras. Portanto, isso significa que os ataques estão por toda a parte.
Por fim, a recomendação para se proteger desses ataques é simples: basta não se conectar a nenhum site, tampouco assinar transações duvidosas, principalmente se estiverem lhe oferecendo dinheiro via airdrop ou outro método. Isso porque essa é uma das maiores iscas usadas pelos golpistas.