Os golpes com lives falsas não são novidades no YouTube e elas até mesmo são capazes de gerar grande prejuízo para as vitimas. Mesmo com o problema sendo amplamente divulgado, o YouTube parece cada vez menos capaz de lidar com a situação, com outros grandes canais sendo dominados por diferentes golpistas.
Só na semana passada, os hackers (que podem pertencer a um mesmo grupo), conseguiram sequestrar 8 grandes canais do YouTube. Entre eles, está o PapaFearRaiser, com cerca de 1,8 milhão de inscritos e o popular canal de notícias sobre tecnologia, FrontPageTech, como mostrou o site Vice.
Enquanto o PapaFearRaiser já conseguiu recuperar o seu canal, FrontPageTech foi obrigado a deletar o canal antigo e usar um secundário (com apenas uma fração de seus inscritos).
Em um vídeo explicando toda a situação com o seu canal, o criador do FrontPageTech afirmou que o YouTube não só não conseguiu evitar os golpistas de acessar a conta (que estava protegida com autenticação de 2 fatores), mas também não impediu a live falsa, mesmo após ter sido alertado sobre o problema.
Os hackers conseguiram acesso a todas as contas ligadas ao e-mail comprometido, até mesmo a conta do Google Ads. Dessa forma, o criador de conteúdo tem eliminado todas as formas de monetização.
Enquanto isso, os hackers conseguiram alcançar um público de mais de 15 mil pessoas e arrecadar mais de US$ 10 mil em Bitcoin.
Elon Musk se tornou o principal nome utilizado por hackers do YouTube
Os hackers que invadiram os canais durante a semana passada utilizaram o nome de Elon Musk. Esse último, que é o famoso CEO da Tesla e SpaceX, vem sendo a principal figura nos golpes das lives falsas.
Em um print retirado de um dos canais sequestrados, é possível notar que o endereço para enviar os Bitcoins é de fato similar aos que estão sendo utilizados desde abril deste ano.
Isso sugere um grupo super organizado e que realiza ataques constantes no decorrer dos meses.
Atualmente, o YouTube até consegue recuperar alguns canais ou evitar alguns golpes. Os hackers, entretanto, estão sempre um passo à frente, sempre atacando diferentes canais para conseguir lucros altos.
Esse já é um problema antigo e que tem causado bastante dor de cabeça para a plataforma e para outros membros do criptomercado. Importantes nomes do setor já processaram o YouTube pela incapacidade de identificar e impedir esses golpes de forma adequada.
Já para os criadores de conteúdo de médio e grande porte, a ideia parece ser contar com a sorte e tomar muito cuidado.