Um homem recorreu a 5ª Vara Cível do Espírito Santo para reivindicar a devolução de investimentos que realizou na TGEX Tecnologia LTDA. Ele investiu um total de R$ 106.599 na empresa.
7 dias depois de realizar o aporte, o esquema de pirâmide caiu com a operação MADOFF. O aporte financeiro depositado por ele ocorreu no dia 08/05/2019, a Polícia Federal encerrou a empresa no dia 15/05/2019.
O Requerente alega que firmou contrato de adesão junto aos requeridos, em 08.05.2019, para prestações de serviços de trading (transações de compra e venda) do ativo financeiro de criptomoedas, em especial o bitcoin. O valor total investido foi de R$ 106.599,00 (cento e seis mil quinhentos e noventa e nove reais).
O homem pediu para que o juiz Dejairo Xavier Cordeiro autorizasse a devolução de seu montante, que foi confiscado pela operação.
Assim, considerando que haviam elementos que comprovam a veracidade dos fatos, foi decidido em prol do homem. Além disso, também foi verificado que o desbloqueio dos bens para devolver o dinheiro não comprometeriam a operação.
Assim, o pedido do requerente foi deferido pelo juiz.
O fato ocorreu ainda no ano passado, mas o resultado saiu apenas em abril deste ano. O caso envolvendo a TGEX tornou-se bastante conhecido, sobretudo após ser comprovado o esquema de pirâmide.
Sobre a Operação MADOFF
Em maio de 2019, a Polícia Federal iniciou uma investigação para identificar atividades ilegais de investimentos em criptomoedas. Assim, instituiu a operação MADOFF em três estados, no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Acre.
Durante este processo foi identificada a atividade de natureza fraudulenta da TGEX, que operava por meio de esquema de pirâmide. 43 policiais atuaram removendo páginas da internet, bloqueio de ativos e confisco de carros e imóveis.
A TGEX fazia parte da empresa Trader Group, que conduzia um esquema de pirâmide clássico por meio dos investimentos de seus clientes. Ela havia sido fundada por Wesley Binz, e havia instituído a sua plataforma de Exchange pouco tempo antes da operação.
Desta forma, suas atividades foram interrompidas abruptamente após a ação policial, o que fez com que Marcus e outros clientes tivessem seus investimentos perdidos e congelados pelas justiça.
Levando em consideração estes clientes, a Justiça do Espírito Santo decidiu no último mês pelo ressarcimento dos clientes lesados pela Trader Group e sua Exchange TGEX.
A empresa atuava desde 2017 como uma corretora de valores, prometendo lucros e até 30% ao mês. Conforme a investigação da polícia, a plataforma prejudicou 5 mil investidores e trouxe um prejuízo total de 20 milhões de reais para estas pessoas. Os montantes estão sendo devolvidos aos poucos.