O Irã voltará a permitir a mineração de Bitcoin em seu território no próximo mês de setembro.
Na justificativa pela parada do serviço, o governo local afirmou que a atividade estava causando problemas no abastecimento elétrico da população. Essa informação foi divulgada pelo governo local em maio de 2021, quando uma onda de apagões elétricos estavam sendo percebidos no país.
De fato, alguns mineradores foram ao país nos últimos anos após a fuga da China, que começou a fechar empresas do setor.
Quando os apagões chamaram a atenção da população e o governo culpou a mineração pelo problema, muitos esperavam que o país não deixaria essas empresas trabalharem no território mais.
Além disso, o congresso iraniano passou a redigir uma lei para regulamentar o Bitcoin, proibindo a moeda como meio de pagamento no país.
Contudo, com embargos econômicos impostos pelos Estados Unidos, o Irã não teve o mesmo luxo de rejeitar essas empresas e fez o possível para dar incentivos para atrair várias fazendas.
Mineração de Bitcoin volta ser permitida no Irã já em setembro
De acordo com o portal iraniano Financial Tribune, o governo iraniano voltará a permitir a mineração de Bitcoin no dia 22 de setembro. Como afirmado antes pelas autoridades locais, o final do verão no país deverá trazer alívio para o consumo de energia, criando condições favoráveis para que a atividade seja novamente realizada legalmente.
Em maio, além da China, o Irã baniu mineradores e acabou levando a uma das maiores quedas de dificuldade da história da moeda digital. Muitos se preocuparam com as consequências desses banimentos, mas passados alguns meses a mineração do Bitcoin começa a se normalizar.
Muitas empresas que saíram da China migraram para outros países, como os Estados Unidos e Canadá. Já no Irã os equipamentos que estavam desligados já esperam para religar, mostrando que a rede se adequou a pior censura cometida contra empresas do setor na história do Bitcoin.
Para operar no Irã, as empresas devem obter uma licença do Ministério da Indústria, Mineração e Comércio, que já deferiu 30 pedidos desde 2019. Ao lado da Venezuela, o Irã foi o segundo país a regulamentar essa atividade pelo governo, com ambos os países tendo em comum embargos dos Estados Unidos.
Agora El Salvador e o próprio EUA esperam receber empresas do setor, além do Paraguai, Uruguai, entre outros países, que estão com projetos de regulamentação da estrutura do mercado de Bitcoin, que abre as portas para a mineração legalizada pelo governo nestes países.