Jo Johnson, irmão do ex-primeiro-ministro da Inglaterra, Boris Jonhnson, abandonou o cargo de conselheiro na Bifinity, uma subsidiária da Binance, na semana passada. Também político, Jo ocupou o cargo por apenas três meses.
A mídia local ligou a saída de Johnson com a extrema pressão que corretoras de criptomoedas estão enfrentando no último mês, principalmente em termos de transparência de fundos após a falência da FTX.
Outro ponto destacado pelo The Telegraph é que a Binance foi banida do Reino Unido pelo órgão regulador FCA. Ou seja, este fator também pode ter pesado na decisão de Johnson.
Apesar da perda de Jo Johnson, a Binance continua com Ed Vaizey em seu conselho global. Ex-ministro e membro do parlamento britânico, o político está ao lado de outros grandes nomes de diversos países.
Um deles é o brasileiro Henrique Meirelles, ex-ministro do Banco Central. Embora muitos especulassem que Lula o chamaria para atuar novamente como ministro da economia, o presidente acabou dando o cargo para Fernando Haddad. Portanto, Meirelles segue firme na Binance.
Sobre a saída de Johnson, a um porta-voz da Binance comentou ao The Telegraph que seu ex-conselheiro estará focando seus esforços na FutureLearn e que este seria o motivo de sua saída.
Enquanto isso, Johnson foi mais rígido em sua resposta, como se estivesse evitando qualquer ligação com a corretora de Changpeng Zhao enquanto o mundo acompanha a pressão que a mesma está recebendo.
“Saí do conselho consultivo na semana passada e não tenho nenhum papel com ele [ou] qualquer entidade relacionada.”
Na semana passada, a Binance perdeu o apoio da Mazars, empresa de contabilidade que realizou a auditoria de seus fundos. Na oportunidade, a empresa chegou a apagar todos os relatórios relacionados a tal auditoria, cessando seus trabalhos com o setor de criptomoedas.
Portanto, a saída de Johnson pode ter ligação com o fato. Afinal, diversos famosos que investiram na FTX já foram processados por clientes que perderam suas economias na falida corretora de Sam Bankman-Fried.
Por fim, parece que todos estão querendo distância das criptomoedas. Como exemplo, algumas empresas até mesmo comentaram que já não se sentem seguras em trabalhar com projetos deste setor.
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