O governo de Israel mandou congelar 30 carteiras de criptomoedas de 12 contas na corretora Binance, que estavam sob investigação por ligações com o grupo Hamas.
Essa situação tem ligação com o conflito entre o Hamas, grupo palestino, e Israel, que segue aumentando seus territórios na região. Como o Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel e vários países, a ação se deu por conta de uma ação de financiamento ao terrorismo.
E essa não foi a primeira ação de Israel que afeta recursos em criptomoedas em 2022, visto que uma operação no início do ano já havia apreendido R$ 4,6 milhões em moedas digitais na ocasião.
Quais são as contas congeladas na Binance a pedido de Israel?
De acordo com um documento publicado na última segunda-feira (28/2) pela Agência Nacional de Financiamento Contra o Terror de Israel (NBCTF), dezenas de milhares de recursos em criptomoedas que estavam ligadas ao Hamas foram congelados.
Segundo o Primeiro-ministro de Israel Benny Gantz, o governo local está “agindo de todas as maneiras concebíveis para cortar o tubo de oxigênio econômico do terror“.
Assim, 12 contas criadas na corretora Binance foram congeladas a pedido da investigação de Israel, sendo todas elas ligadas a empresas que ajudaram a corretora Al’matchadun pertencente à família Shamlach.
Não foram informados os recursos apreendidos na Binance e nem quando eles serão colocados a disposição de Israel. Segundo a NBCTF, a família Shamlach é proprietária de parte da criptomoeda apreendida.
Essa é a terceira ação em menos de um ano conduzida pelo estado israelense que apreende criptomoedas, sendo a segunda em 2022.
Além de bloquear 12 contas na Binance, foram congelados e apreendidos 30 carteiras de criptomoedas, também sem valores informados pelo governo.
Detalhes da investigação
A investigação israelense foi conduzida pela NBCTF e a Divisão de Inteligência da IDF (Forças de Defesa de Israel). Com a operação conjunta, foi possível confiscar essas criptomoedas em contas de corretoras e carteiras.
E para chegar a conclusão do caso, o alvo foi a família Shamlach, acusada de ser um braço militar do Hamas com suas empresas de câmbio. Dessa forma, a família também é considerada uma organização terrorista por Israel e vinha sendo investigada.
Clientes e empresas parceiras da família Shamlach também foram alvos da ação de Israel e registram prejuízos financeiros e econômicos com a ação.
O primeiro-ministro Gantz disse que continua expandir sua investigação com uso de ferramentas que ajudam a lidar com o financiamento ao terrorismo.
“Continuamos e expandimos nossas ferramentas para lidar com o terror e as empresas que fornecem o tubo de oxigênio econômico. Desejo parabenizar todas as organizações pela cooperação de inteligência, operacional e legal – continuaremos a trabalhar em integração para combater o terror de qualquer maneira e todos os meios.”