Johann Steynberg, criador da pirâmide financeira com Bitcoin Mirror Trading International, foi preso no Brasil. O homem era procurado pela Interpol e pelo FBI. O fundador e CEO da MTI foi preso na cidade de Goiânia, capital de Goiás.
A polícia militar de Goiás recebeu informações sobre o sul-africano procurado pela Interpol. Em dezembro de 2021, ele foi identificado com documentos falsos, preso e encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal em Goiás.
De acordo com a PM, o criminoso foi apresentado à Superintendência da PF para o cumprimento do mandado de prisão internacional e autuação pelo crime de uso de documento falso. Foram apreendidos cartões de crédito, notebooks e identidades falsas.
Após sua prisão em 29 de dezembro, a polícia invadiu a residência Steynberg . “Dois documentos falsos, dois laptops, um telefone celular e seis cartões de crédito” foram apreendidos.
Acredita-se que os “documentos falsos” sejam documentos de identidade, sugerindo que Steynberg possivelmente possuía três identidades falsas.
Mirror Trading International
A Mirror Trading International era uma plataforma que prometia juntar o dinheiro de seus clientes para investir no mercado Forex e “socializar” os lucros, mas o CEO da MTI, Johann Steynberg fugiu do país em 2020 após as autoridades voltarem seus olhos para a plataforma.
Embora Steynberg tenha sido apresentado como CEO da Mirror Trading International, acredita-se que o esquema Ponzi foi criado por Cheri Marks e Clynton.
Após parar de pagar clientes, a plataforma começou a culpar ataques hackers. O CEO foi além e culpou até a maçonaria pelo fim do negócio.
Os investidores frustrados tiveram que recorrer a processos na justiça para recuperar as perdas, que são estimadas em mais de meio bilhão de dólares.
Após criar um esquema Ponzi e prometer retornos mensais de até 10%, o fundador da pirâmide conseguiu fraudar milhares de pessoas no mundo todo. De acordo com estimativas preliminares, mais de 29.000 bitcoins foram roubados pela empresa de Steinberg (cerca de US $ 500 milhões).
Além de ser preso por seu papel como o principal mentor do esquema Ponzi de bitcoin, a polícia militar disse que Steynberg também deve pagar uma multa pelo uso de documentos falsos.
“Após um intenso trabalho de identificação e acompanhamento, e com o auxílio de informações repassadas pela Polícia Federal, foi possível identificar e abordar o suspeito, que apresentava documento falso no momento da abordagem.”, diz o comunicado da PM.