A empresa global de monitoramento de mídias sociais Digimind divulgou um estudo que revela que o bitcoin é mais popular na Argentina que no Brasil durante conversas online.
O estudo, divulgado na última quarta-feira (2), procurava descobrir mais informações sobre o perfil das pessoas que compram criptomoedas na região da América Latina.
Um dos dados que o estudo mostra é sobre o uso de internet das pessoas durante a crise de 2020.
Com a chegada de novos usuários na internet, muitos dos quais estavam descontentes com a economia de seus países, foi possível conhecer o tema das criptomoedas, quando muitos se tornaram investidores.
Estudo diz que na Argentina o bitcoin é mais popular em redes sociais que no Brasil
Em um estudo da América Latina, ficou claro que a região é unânime ao buscar conhecer as criptomoedas por duas razões: desconfiança política e pessimismo econômico.
Com isso em mente, a Digimind divulgou seu estudo, que revelou pelo menos 10 tendências sobre as criptomoedas entre a população. Uma delas é o uso da Binance como a maior plataforma de criptomoedas, que a coloca como a referência da América Latina.
Outra que chama atenção é sobre o Twitter, plataforma recém adquirida por Elon Musk, que é a rede social mais utilizada para se conversar sobre criptomoedas.
O país onde o bitcoin é mais popular em conversas online na América Latina acaba sendo a Argentina, seguida pelo Brasil.
O México ocupa a terceira posição entre os diálogos virtuais, com a Colômbia e Chile completando o ranking dos cinco países onde as criptomoedas são mais populares entre internautas.
Latinos investem em média R$ 2.500 em criptomoedas
Uma das características em comum dos latino americanos observada pelo estudo é que muitos não possuem condições de poupar, ainda que busquem investimentos em imóveis.
Quando vão às compras de criptomoedas, é comum que a população invista em média US$ 500,00 ou menos, cerca de R$ 2.500,00.
Ao comprar uma criptomoeda, latinos consideram os ativos como uma reserva financeira ou um investimento de longo prazo.
“Os compradores de criptomoedas veem essa moeda como o financiamento do futuro e se identificam com este mundo, refletindo um sentimento de pertencimento. De acordo com os insights dos consumidores identificados nas conversas nas redes sociais, eles também veem a criptomoeda mais como um investimento do que como uma economia.”
Perfil de compradores de criptomoedas é jovem que não gosta de intervenção estatal na economia
Outra informação importante revelada pelo estudo da Digimind é sobre o perfil médio dos investidores. Segundo os dados, eles são homens jovens, com maior capacidade de poupança que os demais, de centro-direita e que não gostam de intervenção estatal na economia.
“O perfil do comprador de criptomoedas é jovem, com maior proporção de homens com maior capacidade de poupança, ideologicamente mais centro-direita e a favor de uma menor intervenção estatal na economia de seu país. Os compradores não são necessariamente anti-establishment, nem acreditam que as criptomoedas derrubarão os governos. A sua (des)confiança nos governos e na economia é semelhante ao resto.”
Sobre a volatilidade, o estudo revelou que muitos não entendem que ela seja um problema, mas sim uma característica do mercado das criptomoedas.