O Bitcoin foi tema de um curso ministrado para o Ministério Público do Estado da Bahia. Procuradores puderam receber instruções sobre criptomoedas em busca de combater crimes envolvendo a lavagem de dinheiro. Com o treinamento, crimes envolvendo moedas digitais deverão ser resolvidos de forma mais facilitada pelo órgão responsável pelo estado baiano.
O assunto criptomoedas ainda é novidade para muitas pessoas que não conhecem o mercado descentralizado. Com apenas dez anos que o Bitcoin foi criado, é difícil que todos dominem informações sobre o assunto.
Até mesmo o governo precisa de dados sobre movimentações envolvendo ativos digitais. Porém, nem sempre todos os órgãos dominam informações sobre setores específicos, como as criptomoedas por exemplo. Isso faz com que treinamentos e cursos aconteçam frequentemente em busca de aprimorar os trabalhos dos servidores públicos.
Curso foi ministrado por delegado especialista
No caso do Ministério Público do Estado da Bahia, o curso foi voltado para o combate de crimes envolvendo criptomoedas como o bitcoin. Durante dois dias os participantes acompanharam informações repassadas por um especialista no assunto. O encontro aconteceu no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) em Salvador – BA.
Durante os dias dois e três de maio o Ministério Público do Estado da Bahia recebeu treinamento voltado para criptomoedas. Como palestrante, o delegado José Mariano Araujo Filho trouxe informações importantes sobre criptomoedas e como criminosos agem utilizando esse tipo de fundo de valor.
Araujo Filho é especialista em investigar crimes envolvendo a internet. Além disso, o delegado também possui especialização em inteligência, segurança e tecnologia da informação. Para o especialista em cibercrimes, criptomoedas possuem funcionalidades que podem atrair criminosos.
“Todas funcionam de uma forma interessante para as organizações criminosas”.
Integração de serviços devem garantir a luta contra o crime
Considerado um assunto complexo, criptomoedas ainda são novidade para muitas pessoas. Até mesmo para vários criminosos que imaginam que transações envolvendo ativos digitais não podem ser rastreadas. Embora existam criptomoedas com redes anônimas, a maioria permite que parte dos dados referentes as transações sejam públicos.
Para o promotor de justiça José Renato Oliva, uma integração entre setores deverá coibir crimes envolvendo criptomoedas. O diretor do (Ceaf) alega que o Ministério Público precisa de total integração com especialistas de outras áreas, como segurança pública e tecnologia da informação. Esses profissionais devem realizar um suporte necessário ao órgão que busca investigar crimes envolvendo ativos digitais no Brasil.