Uma mulher integrante de uma quadrilha no Rio de Janeiro que tinham envolvimentos com pirâmides de criptomoedas segue presa.
Segundo informações do O DIA, em setembro de 2021, a polícia civil do Rio de Janeiro recebeu um vídeo de um informante detalhando uma cena de sequestro em Copacabana, bairro na região sul da capital.
Na ocasião, as vítimas do sequestro estariam amarradas e para serem liberadas os sequestradores exigiam o pagamento de R$ 350 mil. Ao chegar até o local, a polícia civil ouviu gritos de socorro no interior do imóvel, momento em que entrou no local e estourou o cativeiro.
No local, foram presos dois homens em flagrante, que estavam em posse de duas vítimas. As vítimas tiveram que ser levadas ao hospital, visto que um teve parte da orelha mutilada, e o outro alguns de seus dedos decepados, além de ambos serem torturados na ação.
Ao chegar até a delegacia, a polícia civil descobriu que as vítimas apresentaram documentos falsos, com a investigação levantando que eles eram ex-membros do grupo de estelionatários, mas que após desentendimentos, acabaram se tornando alvos dos comparsas.
Seguindo com as investigações, a polícia civil ainda prendeu mais pessoas envolvidas com o crime em um motel em Magé, na Baixada Fluminense, sendo 2 homens e 4 mulheres presos no local. Meses após toda esse confusão, os suspeitos pelo crime pedem para sair da prisão.
Mulher envolvida com sequestro e pirâmide de criptomoedas no Rio de Janeiro foi mantida na prisão
No estado do Rio de Janeiro, muitos esquemas de pirâmides financeiras foram descobertos nos últimos meses, principalmente na Região dos Lagos. Mesmo assim, estes crimes mostraram ter raízes em todo Brasil, com investidores dessas empresas estando espalhados pelo país.
De qualquer forma, com a demora nas investigações da polícia, muitas pirâmides já encerraram suas atividades e viram seus líderes fugirem com o dinheiro dos investidores. Não se sabe nem como funcionavam esses esquemas e as estruturas criminosas que atuavam em seu entorno.
Mas a quadrilha presa pela polícia civil em 31 de agosto, apontada como “sequestradores profissionais” pode ter envolvimento com pirâmides de criptomoedas. Isso porque, nos últimos dias uma das presas pela PCRJ pediu para ser colocada em liberdade, pedido que foi negado, em primeira e segunda instância.
Ao afirmar que ela é uma pessoa de alto risco para ser liberada neste momento de investigações, o juiz desembargador relator do caso informou que ela tem envolvimento até com pirâmides de criptomoedas.
“A denúncia narra que a ora paciente e demais réus praticaram os delitos de extorsão e de tortura, a fim de obter lucro advindo do crime de estelionato, conhecido como “pirâmide” e criptomoedas. A peça inicial descreve – repita-se – que uma das vítimas do crime de tortura teve parte de sua orelha cortada com uma tesoura e a outra teve seus dedos decepados, o que demonstra a real periculosidade do grupo criminoso.”
Dessa forma, ela teve seu pedido de liberdade negado pela justiça do Rio, que segue de olho no caso violento e que pode envolver pirâmides que usaram a imagem das criptomoedas na região.