O bitcoin apresenta uma ameaça ao sistema financeiro mundial?

Revelações sobre a criptomoeda mostram grande preocupação de países com o domínio do bitcoin em relação ao mercado financeiro mundial.

A relação da sociedade com o dinheiro ainda está ligada a moeda fiduciária. Cada país emite a sua própria moeda, tecnicamente, através do controle exercido por órgãos estatais econômicos, como os bancos centrais, por exemplo. Mas, parece que o sistema financeiro mundial viverá uma importante transformação com o bitcoin.

O bitcoin e outras criptomoedas podem representar o que seria o futuro do dinheiro na sociedade. Um controle descentralizado da criptomoeda coloca a prova as moedas fiduciárias que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto que de um lado existem governos controlando as moedas fiduciárias, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas e ou poder.

O controle e o poder por trás do dinheiro

O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. No Brasil, por exemplo, é crime qualquer tipo de atentado contra o real. Isso vale para a soberania da moeda fiduciária e também para uma rasura em notas do real brasileiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação

A emissão de moedas fiduciárias garantem a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas fiduciárias quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda fiduciária.

Um sistema que pode desaparecer com o bitcoin

O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente.

Nos últimos 20 anos o setor bancário evolui pouco tecnologicamente. Enquanto smartphones eram lançados e computadores tomavam formas inimagináveis no século passado, pouco o setor bancário apresentou de evolução para a sociedade. Nas duas últimas décadas apenas o cartão magnético e a conta digital representam a maioria das transformações no setor bancário. Nesse período nenhuma outra importante transformação foi implantada. 

Enquanto isso, a sociedade evoluiu para uma experiência cada vez mais digital, onde o bitcoin e as outras criptomoedas ganham espaço. Com a ascensão das criptomoedas, o sistema financeiro atual, já defasado, poderá encontrar dificuldades para sobreviver.

Criptomoedas são mais seguras que qualquer moeda fiduciária

O bitcoin representa uma evolução no sistema financeiro descentralizado. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. No mundo financeiro digitalizado, as criptomoedas saem na frente. Há pouco mais de dez anos o bitcoin era criado, inaugurando o que seria o mercado de criptomoedas. 

Com apenas uma década de existência, as criptomoedas ainda atraem ceticismo em relação ao seu uso. Acredita-se que crimes como a lavagem de dinheiro podem ser cometidos através de transações envolvendo criptomoedas como o bitcoin. Porém, quem conhece a segurança sobre as criptomoedas sabe que dificilmente um crime envolvendo o bitcoin ficaria impune.

A tecnologia blockchain permite que dados jamais sejam excluídos do banco de dados. Sendo assim, qualquer transação com o bitcoin poderia ser facilmente rastreada. Isso permitiria que crimes envolvendo a evasão de divisas fiscais diminuíssem. Ou seja, bitcoin e criptomoedas podem ser mais seguros que as moedas fiduciárias, e não o contrário.

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Paulo Carvalho
Paulo Carvalho
Jornalista em trânsito, escritor por acidente e apaixonado por criptomoedas. Entusiasta do mercado, ouviu falar em Bitcoin em 2013, mas era que nem caviar, "nunca vi, nem comi, só ouço falar".

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